Publicidade

Paulinho Vilhena radicalizou nas escolhas neste ano. Com direção de Evandro Mesquita e ao lado de Pierre Baitelli, ele vive um travesti em “Hedwig e o Centímetro Enfurecido”, no Teatro das Artes, no Rio de Janeiro. No palco, ele rebola, solta a voz e usa – muita – maquiagem. Ficou curioso para saber como ele está se sentindo em relação à peça? Glamurama conversou com ele nessa semana e conta para você.

Quando você aceitou fazer o papel de um travesti, o que mais lhe motivou?

"Com certeza foi o desafio da personagem. Com um papel destes, você tem a possibilidade de ir além, de superar os seus limites. Eu ainda fico nervoso lá no palco, na hora da interpretação, mas o pior para mim é cantar!"

O que você aprendeu com a sua personagem?

"Aprendi com ela que qualquer sofrimento só vai ser dissolvido por você mesmo. Não depende dos outros, a vontade de contornar a situação tem que vir de dentro. Minha personagem sofre muito durante a vida e ela mesma se resgata. Ela se motiva e é determinada a acabar com a dor."

De uma maneira geral, você acha que fazer um papel controverso ajuda o ator a ser respeitado entre diretores e colegas?

"Eu acho que não adianta dar uma de louco e escolher um papel só por ele ser transgressor. Você só vai ser respeitado se fizer o trabalho completo, se for bom no que escolheu. No meu caso, eu acho que foi a Hedwig que me escolheu. Foi tudo por acaso, eu encontrei com um amigo que ia fazer a leitura de ‘Hedwig e o Centímetro Enfurecido’ no aeroporto um dia e, três semanas depois, esse amigo me ligou e disse que o Evandro Mesquita, diretor da peça, queria conversar comigo." 

Paulinho Vilhena: novos ares na carreira

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter