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PERSONAGEM POP

Em “Andy Warhol – o Gênio do Pop”, recém-lançado no Brasil pela Globo Livros, os norte-americanos Tony Scherman e David Dalton pretenderam “desvendar o homem por trás da charada pop”, ou seja, mostrar como era o artista plástico e cineasta Andy Warhol – melhor, Andrew Warhola (1928-1987) – antes de se consagrar como personagem emblemático do movimento pop art: aquela figura cool de gola alta, peruca prateada e óculos escuros, dono da conhecida frase: “In the future everyone will be famous for fifteen minutes (No futuro todos serão famosos durante quinze minutos)”.

Por meio de longas entrevistas, os autores abordam o período que vai da infância de Warhol na classe baixa americana da Pensilvânia, para onde seu pai, tcheco, fugiu para não ser recrutado pelo exército austro-húngaro na Primeira Guerra Mundial, passando pelos anos no estúdio Factory – “esse sótão sujo no centro da cidade” – até 1968, quando ele levou um tiro da feminista Valerie Solanas, autora do “SCUM Manifesto”, por ter se recusado a apoiar a produção de sua peça “Up Your Ass”.

O livro ainda conta como surgiram as latas de sopa Campbell’s – uma ideia de 50 dólares – e a primeira Marilyn, o plano de fazer o filme "Sleep" (1963), que mostra o poeta John Giorno dormindo durante 5 horas e 21 minutos, e a exposição que provou que um artista de galeria poderia ser uma estrela do rock. E é aí que está o diferencial de “Andy Warhol – o Gênio do Pop”: livros sobre este artista há vários, mas é no mínimo curioso para o leitor tentar entender como foi construído esse personagem que teve muito mais do que quinze minutos de fama.

A construção de um personagem chamado Andy Warhol

Por Anna Lee

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