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Babilônia
Camila Pitanga || Créditos: Agnews
Camila Pitanga || Créditos: Agnews

Por Michelle Licory

Camila Pitanga interpretou o maior sucesso de sua carreira em uma novela de Gilberto Braga. Quem não se lembra da prostituta Bebel de “Paraíso Tropical”? Agora ela se prepara para a estreia de “Babilônia”, do mesmo autor, na qual vive Regina, uma dona de barraca de praia, que vende água de coco e outros produtos nas areias da praia do Leme, no Rio. Um papel que tem absolutamente tudo para cair no gosto popular, com características que a atriz considera de extrema importância por conta dos últimos acontecimentos políticos. “A Regina representa o que tem de bom no nosso povo, gente batalhadora, honesta, vibrante e guerreira. Em um momento que tudo leva a crer que não somos nada disso… A pauta hoje é corrupção, leviandade. Mas essa não é a maior característica do Brasil. Temos que valorizar o que temos de bom, pra gente não perder nossa autoestima.”

* “A Regina não é ficção. Existem muitas com ela: mulheres que trabalham, são arrimo de família e que fazem isso com alegria, não são choronas. Nessa onda pessimista, a gente fala de otimismo. Se eu puder, através desse trabalho, inspirar mais alguém a ser como ela… Minha personagem é de briga, não é mocinha boazinha. Acredita na justiça, se informa, conhece seus direitos.”

* Todos esses valores a atriz já passa desde cedo para sua filha. “A Antonia tem 6 anos, mas mesmo pequena ensino pra ela o respeito com quem trabalha lá em casa, um respeito mútuo, cada um com seus direitos e deveres. Aprendi muito com meu pai, que transita no Palácio do Planalto com a mesma naturalidade que passeia no Chapéu Mangueira. Conheço o univerno do morro da Babilônia porque morei na favela do Chapéu Mangueira quando eu tinha 16, 17 anos.Todos nós, seres humanos, precisamos ter solidariedade uns com os outros: somos uma rede só. É assim que vivo. Não é algo que eu digo, eu faço. Observei minha avó, que trabalhava em casa de família e ainda lavava roupa pra fora. Assim criou três filhos sozinha, naquela época. Também tive conversas muito bonitas com meu pai sobre esse assunto ao longo da vida.”

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