Publicidade
||Créditos: Anna Fischer
Fã de roupas cheias de personalidade, Ana usa blusa Cos, calça Marc Jacobs e salto Charlotte Olympia||Créditos: Anna Fischer

A primeira musa de Ana Magalhães foi a atriz Romy Schneider. Hoje, consultora de estilo de uma rede de fast-fashion e de Gilda Midani, ela continua elegendo mulheres autênticas como fonte de inspiração – e acabou se tornando uma também

Por Kanucha Barbosa para a Revista J.P
Fotos Anna Fischer

Quando tinha 6 anos, Ana Magalhães ficou obcecada pela trilogia de uma jovem rainha austríaca Sissi (1955), dirigida por Ernst Marischka e estrelada por Romy Schneider. “Sonhava com aqueles vestidos e com aquela cabeleira. E comecei a fazer desenhos inspirados no filme”, conta a mineira de Belo Horizonte. Mais de quatro décadas depois – Ana tem 48 anos –, a estilista ainda continua envolvida com o universo da estética. Em seu currículo, a faculdade de moda na UFMG e a direção criativa de marcas como Maria Bonita Extra, Patachou e Brasiliana. Hoje, é consultora de estilo da C&A e da Gilda Midani, de quem é amiga há mais de uma década. Para a consultoria da rede de fast-fashion, Ana precisa fazer no mínimo quatro viagens internacionais por ano, quando ela usa seu termômetro para descobrir o que será bacana nas próximas temporadas. “Não me envolvo com a parte de desenvolvimento e, sim, aponto caminhos. Gosto de pesquisar, ler, fuçar, sou superconectada”, explica. Já na Gilda, ela vai ao escritório da estilista, no bairro do Horto, no Rio, quatro vezes por semana – a pé mesmo, já que fica bem perto do apartamento onde mora no Jardim Botânico. Agora, a dupla trabalha no próximo projeto de Gilda, a linha masculina da marca, que será lançada no segundo semestre deste ano. E com tanta moda em sua vida, Ana tem um closet resumido, dá para acreditar? “Sou uma mulher que ama moda, mas, para cada peça que entra no meu armário, uma tem de sair. Me preocupa o consumo excessivo e meu closet é espantosamente compacto! Tem gente que pergunta onde fica o resto”, diz ela, que é mãe de Nina, de 12 anos. Como sua atual profissão é a consultoria, rola uma saudade de criar? “Sinto falta de fazer roupas para eu mesma usar, mas estou tentando encaixar no meu tempo essa horinha de desenhar umas coisas”, responde Ana, que mesmo sendo mineira, se considera meio carioca – ela mora no Rio desde 2007: “Eu me identifico com o estilo desencanado da carioca, amo rasteira, amo usar roupa despojada, acho uma delícia você poder ir a qualquer lugar de chinelinho… Mas não sou muito de estampa, tenho algumas, sou louca mesmo é por listras.”

[galeria]2959251[/galeria]

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter