Publicidade
Luciana com vestido Dolce & Gabbana, cinto Kenzo, anel vintage Grimoldi e pulseiras Cartier||Créditos: Anna Fischer / Revista J.P

Estampas, cores e uma pitada tropical: Luciana Novis sabe como fazer bom uso da ousadia na hora de se vestir. Dona de um escritório criativo focado em moda, a carioca imprime sua personalidade por onde passa

Por Kanucha Barbosa para a Revista J.P de setembro

Foi na barra da saia da avó que a carioca Luciana Novis descobriu a moda. Tudo por conta dos dias que passava no ateliê de costura da mãe de sua mãe quando era criança, observando o dia a dia e recolhendo retalhos para fazer as roupas de suas bonecas. Em casa, porém, as coisas eram menos lúdicas: com o pai economista e a mãe empresária, Luciana estudou em uma escola católica onde o uso de uniforme era obrigatório – regra que ela burlava para “customizar aquela roupa careta”.

À esq., na coleção de óculos fun de Luciana, marcas como Prada (com detalhes de flores) e Dolce & Gabbana (com estampa de poá). À dir., pulseiras Virzi + De Luca (as duas primeiras), Kenzo, Claudia Savelli e comprada em Bali||Créditos: Anna Fischer / Revista J.P

Hoje, quem vê Luciana abusar das cores, como nesta sessão de fotos, nem imagina que, depois do colegial, entrou na faculdade de medicina. “Adorava o curso, mas adorava mais ainda pensar nos looks que ia usar no hospital (risos). Lembro que tinha um tênis de plataforma branco que era meu companheiro de plantão.” No sétimo semestre, a carioca resolveu dar vazão à veia fashionista e trancou o curso. Foi fazer jornalismo de moda no Senac Rio e começou com bicos de styling aqui e ali. “Na época pensei em ter uma marca – imaginava uma coleção inspirada no corpo humano com estampas de rins, o órgão mais lindo que existe. Não ia ficar incrível?”, diz em tom divertido. Mas desistiu.

Conjunto Swash, sandália Celine e pulseiras Cine 732. O arranjo é assinado por Marcelo Argento, do Frô Atelier||Créditos: Anna Fischer / Revista J.P

Além de trabalhar em assessorias de imprensa, passou pela marca de Lenny Niemeyer, onde participou da produção de desfiles, catálogos e campanhas. Em 2014, decidiu que era hora de alçar voo solo: Luciana fundou seu escritório criativo com o objetivo de contribuir com grifes usando suas ideias fora da caixa. “Não gosto de falar em branding, não acredito em receita de bolo, mas em potencializar os talentos e atributos de uma marca, entendendo suas necessidades por meio de ações inovadoras”, explica. Os trabalhos vão de styling de editoriais de revistas a campanhas digitais.

||Créditos: Anna Fischer / Revista J.P

Para completar, Luciana ainda é mãe de Antonia, que tem apenas 6 anos, mas é igualmente estilosa. “Antes de nascer, minha filha já tinha um closet de respeito”, revela. Mas logo deixa claro que não é fã do consumo excessivo: “Gosto de coisas únicas. Sou apaixonada por peças vintage, tenho um acervo e vivo em busca de descobertas preciosas”. Exemplos? O colar de bananas encontrado em uma feirinha em Londres, um vestido Yves Saint Laurent que achou em um brechó em Nova York ou as pulseiras de miçangas coloridas compradas dos nativos de Bali. Todas peças em sintonia com seu lema principal: “Roupas não são descartáveis”.

À esq., bolsa de palha Leo Neves. à dir., Luciana usa camisa e saia Prada, sapato Stella McCartney, pulseiras Claudia Savelli e Cine 732||Créditos: Anna Fischer / Revista J.P

 

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter