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Brian Jones, Keith Richards, Bill Wyman, Charlie Watts e Mick Jagger em 1964 || Créditos: Getty Images

No começo da década de 60, os Rolling Stones originais eram Brian Jones, Keith Richards, Bill Wyman, Charlie Watts e Mick Jagger. Apesar da embalagem de bons moços, com seus ternos iguais, gravatas e tocando um blues arranhado, eles já guardavam a alma de baderneiros e bon vivants que ficou eternamente marcada na carreira da banda. Essa embalagem, no entanto, não iria se sustentar por muito tempo. Em 1965, depois de um bem sucedido trabalho de relações públicas – com a famosa frase “você deixaria sua filha se casar com um Rolling Stone?” – e da prisão de Mick Jagger e Keith Richards por urinar em público, eles deixaram a beca de lado e renasceram como os bad boys da música. O resto é história…

(Por Maria Gabriela Lyra)

Charlie Watts, Bill Wylman, Mick Jagger, Keith Richards e Brian Jones em 1967 || Créditos: Getty Images

Quando os Rolling Stones começaram a fazer parte da aristocracia do rock, depois da metade da década de 60, eles adotaram um visual que misturava o estilo mod cool londrino com o countryside inglês: ternos trespassados, chapéus de abas largas, lenços, broches e medalhas militares apareciam junto de casacos de pele, a perfeita interpretação do dândi.

Os Rolling Stones em 1967 || Créditos: Getty Images

Em 1967, com o lançamento do psicodélico álbum “Their Satanic Majesty’s Request”, os Rolling Stones entraram numa viagem no tempo, trazendo elementos futuristas misturados a golas e babados renascentistas. Mais para frente, no começo da década de 70, David Bowie pode ter sido um marco na popularidade do glam rock, mas foram os Stones que misturaram como ninguém os gêneros numa época em que se usava de tudo: t-shirt podrinha, casaco étnico, glittler e collants. Mick Jagger logo se renderia ao seu famoso figurino de palco que incluía maiôs colados e bordados com muito brilho.

Mick Jagger e Keith Richards em 1976 || Créditos: Getty Images

Já considerados uma das bandas referência do quesito fashionismo, os Stones no meio da década de 70 eram só sombra, lápis de olho, calças apertadas e uma mistura de referências que era pura extravagância. Durante esse tempo, o visual de Keith Richards no palco muitas vezes era composto por blusas que ele pegava do armário de sua mulher, uma história que se tornou clássica no mundo do rock. Nessa época, Brian Jones não fazia mais parte da banda, tendo sido afastado em 1969 pelo seu abuso de drogas e morrido no mesmo ano.

Os Rolling Stones em 1982 || Créditos: Getty Images

Nos anos 80, os Stones – já com Mick Taylor e Ronnie Wood – começaram a deixar de lado as misturas de gêneros e adotar um visual que era – digamos assim – a cara da década. Usando e abusando de cores fortes, o figurino de palco incluía leggings de corrida para Mick Jagger e ombreiras em casacos esportivos para Keith Richards. Era a época do pop, e a maior banda de rock do mundo, com todos seus integrantes na casa dos 40 anos, precisavam ser vista pela MTV como enérgicos e jovens. Funcionou!

Mick Jagger e Keith Richards em 2007 || Créditos: Getty Images

E como se manter cool quando já se é considerado um “dinossauro”? Se renovando sempre e mantendo a forma física em dia. Hoje, cada um dos Rolling Stones, que conta com Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood e Charlie Watts – Bill Wyman saiu da banda em 1993 –  adota um estilo fashion próprio no palco. Jagger não larga seus tênis, calças skinny, camisas justas e casacos chamativos, Keith Richards com sua bandana, pulseiras, chapéu e o cigarro na boca, Ronnie Wood bem alinhado e jovial e Charlie Watts, como sempre, um lorde inglês.

Em homenagem aos shows que a banda vai fazer aqui no Brasil, Glamurama fez um raio-x do estilo dos Rolling Stones durantes as décadas. Na galeria abaixo já! Em tempo: leu nossa entrevista exclusiva com Jagger na casa dos Monteiro de Carvalho? Clica aqui!

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