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kitty Saladini
kitty Saladini || Créditos: Juliana Rezende
Kitty Saladini, na frente de quadro de Bechara e escolhendo seus tecidos || Créditos: Juliana Rezende

Por Michelle Licory

Kitty Saladini é dessas glamurettes cidadãs do mundo. Fez faculdade de Comunicação Empresarial em Barcelona. Voltou para o Rio e abriu uma galeria de arte com uma prima. “A gente focava em novos talentos. Ficava na Gávea, e também tinha um bistrô, eventos de música, projeções de cinema… Fizemos a primeira exposição do coletivo de grafite FleshBeckCrew e de Antonio Bokel, montamos uma mostra do Gringo Cardia… E o Marquinhos Mesquita tocava lá todo domingo. Durou quase quatro anos, mas fomos assaltadas duas vezes. Como eram novos talentos, a gente não tinha como investir em segurança. Eu mesma fechava a casa sozinha, às vezes 2h da manhã. Começamos a ficar com medo, a desanimar. Aí surgiu a oportunidade de ir para o Cassino Atlântico [shopping cheio de galerias de arte, em Copacabana], no espaço onde hoje funciona a Inox. A gente foi, mas aí perdeu a graça, sabe? Não tinha aquela badalação da Gávea. Minha prima engravidou, eu casei e me mudei para a Londres, em 2008, e acabamos desistindo. Mas foi uma experiência incrível, sinto muita falta”.

O que fazer na Inglaterra? “Sempre gostei de tudo relacionado à estética. Pra mim arte, moda e design andam juntos. E sempre foram minha paixão. Fui fazer pós em Fashion Marketing no London College of Fashion e depois vários cursos mais soltos na Central Saint Martins, de desenho, de estamparia. Voltei para o Brasil grávida, em 2010. Como tive uma educação europeia, optei por não contratar babá e fiquei em função da minha filha. Mas fui sentindo essa necessidade de voltar a trabalhar”.

“Comecei fazendo biquínis para as amigas, de maneira informal, há uns 3 anos. Elas sempre me estimulavam a montar uma marca pra valer, aí resolvi me profissionalizar e lancei a Ki & Co, em outubro. Desde o início, já fazia bastante coisa com listra, poá, estampas mais sessentinhas. Peças chiques, mas com um toque fun. A gente já está muito sério no dia a dia para criar algo rígido demais”. Os preços? De R$ 310 a R$ 480. Quem usa? De America Cavaliere a Betina de Luca. Para as mais chegadas, Kitty manda em casa uma malinha personalizada com as roupas para que possam escolher tranquilamente. Mas tem a coleção completa na multimarcas Dona Coisa, no Jardim Botânico. “Estamos procurando mais pontos de venda, inclusive online, para atingir o Brasil todo. Ainda passo uma parte do ano em Londres, tenho contatos lá, e penso em exportar. Também tenho muitas amigas que moram em Miami e, da última vez que fui, tive que tirar peças do corpo pra dar pra elas”.

Kitty com a filha Chloe, mostrando sua linha kids, e detalhes das peças de adulto || Créditos: Juliana Rezende

“Quero sempre me superar nos acabamentos e nas modelagens. Não penso em abrir loja, e sim trabalhar sempre com multimarcas bacanas”. Hoje Kitty já vai muito além do biquíni… “Acho que quando você faz moda praia, precisa ter um lounge wear também. Algo que você possa usar em Angra, por exemplo. E os acessórios que vendo são poucos ainda, só porque não gosto de fazer um lookbook e complementar a produção com peças de outras pessoas…” Vem conhecer mais sobre o trabalho dessa glamurette aqui embaixo, na nossa galeria de fotos!

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