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Taís Araújo || Créditos: Reprodução/ Instagram
Taís Araújo || Créditos: Reprodução/ Instagram

Em novembro, Taís Araújo faz 40 anos. Ainda falta um pouco, mas ela já começou a fazer um balanço sobre a idade. “Estou achando um luxo fazer 40 anos. Cara, que maneiro. Nossa, passou tão rápido. Fico emocionada e muito feliz. E orgulhosa do que construí. Mesmo. Olho pra trás e penso: estou construindo uma família tão legal, tenho uma carreira ótima, minha relação com meus pais e minha irmã é maravilhosa… A gente tem dificuldades. Não é só glória, pelo contrário. Tenho um monte de dificuldades… Mas todo mundo tem. E a gente vai aprendendo com elas. Se fosse tudo só flores, não tem aprendizado”.

“Não dá pra fazer minha mala e viajar com meus filhos pra fora e pronto”

Outro orgulho pra Taís: ser porta-voz da representatividade. “Tenho muito prazer nisso. Não vejo como obrigação, mas é sim um dever não fingir que está tudo bom pra todo mundo. Não está. Não dá pra fazer minha mala e viajar com meus filhos pra fora e pronto. Não que eu não faça isso. Vou para a Europa, faço tudo. Mas tenho que agir com responsabilidade. O artista tem que refletir o nosso tempo. Me vejo nessa posição, faz parte do meu trabalho. Quando você milita por uma causa, as conquistas não são individuais. E você provoca reflexão, não só no outro… Em si mesma também. É um trabalho que me engrandece como cidadã. Ativismo é importante e apaixonante. Alcança muita gente, é muito bonito”.

“Não quero crianças omissas nem passivas”

Como isso reflete na criação dos dois filhos da atriz? “Quero que eles entendam de cara que são muito privilegiados porque vivem num país com bastante desigualdade. E que saibam que eles têm responsabilidades com isso. Eles têm que saber de onde eles vem e o que vão fazer com isso. Não quero crianças omissas nem passivas”.

“Se não sangrasse tanto…”

Perguntamos sobre as transformações nos meios de comunicação: a Globo lançando séries para plataforma de streaming, exigindo mais produtividade de suas estrelas [ou não renovação de contrato], redes sociais ganhando importância como forma de disseminar informação, o mal das fake news, a decadência de antigos modelos de jornalismo [Taís também é jornalista] … “Está acontecendo uma mudança em todo o sistema de comunicação. Os canais de TV, as revistas, os jornais… Onde isso vai parar? Para onde estamos indo? O que viraremos? Acho que dar uma mexida é ótimo, mas mexer nessa estrutura, isso tem sido feito de uma forma que está doendo. Muita gente perde o emprego… Mas cabe à gente se reinventar… E tudo que a gente estudou? E tudo que a gente já fez? Se não sangrasse tanto, seria uma mudança boa… Dá uma sacodida na gente…” (por Michelle Licory)

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