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Ana Schurmann || Divulgação
Ana Schurmann || Divulgação

Por trás da ‘manezinha da ilha’ com sotaque catarinense carregado, a modelo brasileira Ana Schurmann coleciona campanhas para marcas poderosas como Dior, Calvin Klein, Tommy Hilfiger, Ralph Lauren e Alexander Wang. Mas o sucesso profissional da brasileira não se resume ao mundo da moda. Morando fora do Brasil desde os 15 anos, atualmente ela vive na Itália, Ana faz um curso à distância de neurociências em Harvard e ainda arranja tempo para se dedicar à carreira de compositora, tanto que a música ‘Tell Me’, escrita por ela, está tocando em rádios internacionais, como a ‘BBC’ de Londres. A canção surgiu na vida de Ana em um momento difícil de autoaceitação: “Talvez não me expressaria tão bem na música se não tivesse a moda por trás por que ela ajudou a me moldar”, conta para o Glamurama. No papo, autoestima, moda em tempos de pandemia, música e os multitalentos dela. (por Luzara Pinho)

Glamurama: Como compôs ‘Tell Me’, que está tocando nas  rádios da Europa?
Ana: Estava na Sardenha (Itália) com dois amigos músicos e tinha escrito essa letra há quatro anos. Eles fizeram um arranjo e começamos a construir a música. Quem compôs fui eu, mas se não fosse por eles, não chegaria à qualidade que tem. Eu lutei muito para ela tocar nas rádios, mandei a música várias vezes, enchi o saco: ‘escuta aí, vai valer a pena’ (risos). E quando as pessoas me falaram eu fiquei pensando: ‘nossa isso aconteceu mesmo?’

Glamurama: Em que momento a música apareceu na sua vida?
Ana: Aprendi com o meu avô e fiz aulas de piano dos oito aos 11 anos. Depois tive um problema bem sério no meu rosto (acne cística), que precisei fazer um tratamento chato e longo e não conseguia me olhar no espelho. Foi aí que comecei a expressar meus sentimentos na música, toda aquela agonia que tinha, coisas boas ou ruins. Passei a estudar composição, anos depois vieram os instrumentos e foi acontecendo: de letrista para cantora, compositora… achei muito legal porque não foi algo que fui pressionada a fazer, mas me ajudou muito.

Glamurama: Como a música e a moda aparecem como ferramentas de autoestima e amor próprio?
Ana: Quando entrei na moda existia um padrão, eu tinha sempre que estar magra, com a pele e o cabelo bons. A moda fez eu ter confiança na minha imagem. Com a música, um pedaço de mim e a minha autoestima melhoram por me sentir leve. Talvez eu não me expressaria tão bem na música se não tivesse a moda por trás por que ela ajudou a me moldar.

Glamurama: Como avalia o mercado da moda em tempos de pandemia? 
Ana: Acho que a moda vai ficar mais online, minimizando o contato. Aqui na Itália a pandemia voltou tudo, e ainda tem a questão de saber se a alta costura vai sobreviver por que o país já tem mil e poucos casos de Covid-19 por dia e o pessoal está preocupado. Entendo que a moda está se voltando para o digital e focado em linhas comerciais.

Glamurama: Quem são as pessoas que te inspiram nas suas profissões?
Ana: Na moda eu sou fã da Coco Rocha, Liza Kant, me inspiro nas atitudes de Joan Smalls e a Raquel Zimmerman que sabe se expressar diferente em cada ‘shooting’. Já na música, vou desde o B.B. King que toca muito bem guitarra, Nina Simone que tem uma caixa toráxica gigante, Eric Clapton, Robbie Williams, U2…Escuto de tudo, de Toquinho até Falamansa.

Glamurama: Você também cursa neurociências em Harvard. Como surgiu o interesse pela área?
Ana: Comecei  o curso de neurociências e já terminei a primeira parte sobre elétrica e química dos neurônios. O nosso cérebro é uma loucura! (risos). Eu me apaixonei. Quando fiquei triste e comecei a escrever as letras queria entender por que não conseguia voltar a ficar feliz. Minha intenção era me entender e entender os outros, e na neurociência, busco assimilar a consciência em si.

Glamurama: Pretende atuar como neurocientista?
Ana: Agora meu foco é total música e não pretendo parar com meu trabalho na moda. Penso em chegar a neurocientista ou neurocirurgiã quando estiver mais velha, mas tudo tem um tempo certo.

Glamurama: Há quanto tempo está fora do Brasil?
Ana: Com 15 anos a trabalhar fora do Brasil. Desde então estou nessa rotina de trabalhar tantos meses em um país e tantos meses em outro. Acaba sendo um pouco solitário, mas aprendi a viver assim. Nem sempre eu vou ter a minha família do lado, mesmo que eles estejam sempre comigo ‘online’, a todo momento vou estar sempre com uma mala. Você aprende a se socializar, entender a cultura do outro, mas sempre levo o meu país comigo.

Glamurama: Onde mora atualmente? Como é sua rotina?
Ana: Eu estou na Itália e aqui fico entre Sardenha e Milão, mas me divido entre Brasil e Itália. Meu trabalho é de modelo e o tempo livre uso para fazer as músicas e tocar instrumentos.

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