Em live com Joyce Pascowitch, Maria Homem fala sobre análise, sexo e religião: “Menos deuses, mais psicanálise”

Ao longo dos anos, a psicanálise ganhou cada vez mais importância na sociedade por explicar não apenas relações pessoais, como traumas nas diversas esferas da vida do ser humano. E, em momentos difíceis, é imprescindível entrar em contato com a própria mente. Para falar sobre o assunto, Joyce Pascowitch entrevistou a psicanalista Maria Homem, que falou sobre sexo, religião e análise.

“O que é uma análise? É você também abrir sua potência, é você poder ser o que você é, chegar ao limite do melhor de você, ou pegar o pior e fazer disso um impulso. Temos muita força travada, seja por cultura, idealizações ou por nós mesmos”, explica ela.

Sobre religião, Maria Homem fala sobre a importância das leis, tanto as grandes leis sociais, como as divinas, mas dispara: “Menos deuses, mais psicanálise. Eu acredito que se tivesse mais psicanálise, mais análises ou essa lógica analítica, teriam menos deuses no sentido daquele que é mestre e que tem a verdade, e te coloca naquele lugar de ‘eu tenho a verdade, você me siga e vem comigo, vou te dar as normas e tábuas da lei’”.

Há 15 anos como professora na FAAP, Maria Homem se divide entre as aulas, seu consultório, cursos curtos e palestras, além de chamar a atenção nas redes sociais decifrando os mistérios da alma humana e falando também sobre questões, como amor, relacionamento e sexo.

“O gozo tem a ver com sexo e não tem. E tem a ver com o corpo, mas não é só isso. Ele tem a ver com uma posição onde você pode estar naquele lugar tão enigmático que é de dor e prazer. Então quem sou eu, onde e como eu gozo? É difícil saber isso, porque a base disso normalmente é inconsciente, e você pode até lutar contra. Às vezes você até sabe do que gosta, tipo ‘gosto de meninas super jovens’, e você fica com medo, se pergunta se é pedófilo e acaba ficando em uma angústia. E é nesse momento que você precisa ir ao divã para descobrir a estrutura e entender algo que você não gosta”, diz Maria, e continua “Cada um veio ao mundo numa teia muito complexa e 3D de relações que tem a ver no mínimo com duas gerações. O que fez o teu pai ser um homem, ou uma mulher, ou ser um trans, ou ser bi”, conclui. A seguir, confira a live completa com Maria Homem!

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