Publicidade

A estreia de Diógenes Muniz como diretor já tem data e local marcados. À frente do documentário “Libelu – Abaixo a Ditadura”, o jornalista e documentarista resgata a trajetória do controverso grupo estudantil Liberdade e Luta durante os anos 1970. A produção, que já faturou o prêmio de Melhor Documentário Nacional no festival ‘É Tudo Verdade 2020’, chega aos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília no dia 13 de maio.

Rodado no prédio da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP), projetado por Vilanova Artigas, arquiteto perseguido e exilado pelo regime militar, o longa conta a história de figuras importantes para a história nacional, como o cientista político Demétrio Magnoli, o ex-ministro Antônio Palocci e o jornalista Reinaldo Azevedo. “Percebi que para contar essa história precisava fazer dois resgates: o histórico, com reconstrução de fatos políticos daquele período, e também o íntimo, sobre o que a vida adulta reservou para aqueles jovens revolucionários”, comenta Diógenes.

Criada em 1976, o Liberdade e Luta – Libelu – foi impulsionado por uma organização clandestina, a OSI (Organização Socialista Internacionalista), e ganhou fama por ser o primeiro grupo a retomar a palavra de ordem “Abaixo a ditadura” desde a instauração do AI-5. “A partir da metade dos anos 1970, quando a luta armada já havia sido dizimada e ainda não havia greves operárias no ABC, o movimento estudantil começou a se rearticular. Uma onda de passeatas saiu dos campus para as ruas e desafiou o regime. Isso culminou com o surgimento de uma esquerda mais arejada culturalmente e menos sisuda em termos de comportamento. É sobre essa geração que o filme fala”, explica o diretor.

Para além da luta contra o golpe militar, o grupo tinha fama de dar as melhores festas do movimento estudantil e, estranhamente para jovens de esquerda daquela época, seus integrantes eram fãs de rock. Quatro décadas depois, a vida daqueles que integraram a Libelu tomou caminhos diversos, tanto pelo ângulo político, quanto pela visão que os próprios participantes têm hoje daquele passado.

Àqueles que ainda não pretendem sair de casa, boas notícias: a trama chega às plataformas de Video on Demand (VoD) no dia 27 de maio e tem exibição marcada no Canal Brasil para 20 de julho. Play para o trailer:

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter