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Renata Correa
Divulgação

Contratada da TV Globo desde 2018, a escritora, dramaturga e roteirista Renata Corrêa comemora o lançamento de “Monumento para a Mulher Desconhecida” (Rocco, 2022), livro de ensaios em que trata de temas que vão de puerpério e carga mental na pandemia e padrões de beleza opressores, quase sempre permeados por experiências pessoais.

“Eu quis trazer vivências íntimas das mulheres. O livro foi muito pensado para contar essas histórias, que muitas vezes são sempre vistas como coisas do cotidiano que não merecem estar em um livro, são histórias silenciadas”, contou em live com Joyce Pascowitch nesta segunda-feira (18).

Baseando-se na sua vida e em dados e entrevistas com especialistas, a escritora e roteirista mergulha profundamente nos questionamentos do que ser mulher levanta todos os dias e traz neste livro uma coletânea de ensaios, artigos e impressões.

Na conversa, Renata aponta que a ideia é provocar uma importante reflexão na qual as mulheres podem acreditar: os quereres e as escolhas não são abandonos. Muito menos decisões egoístas. “Verbalizar nossos desejos é algo muito difícil para nós, mulheres. A gente vive numa sociedade que diz que temos que ser recatadas e silenciosas. Mas acho que o caminho para esse entendimento é começar aos poucos, falando um ‘não’, falando um ‘sim’, e ir construindo uma base sólida pra verbalizar o que é preciso”, afirma.

Assim como o livro, a conversa com Joyce teve leveza com toques de humor, mas também espaço para assuntos mais urgentes e delicados, como o aborto e estupro marital. “Eu gostaria muito de falar sobre minhas experiências reais no livro”, contou ela ao relembrar do aborto que fez aos 19 anos, relembrando como o tema é uma importante pauta de saúde pública.

“Vivemos num país tão cheio de censuras que eu poderia ir presa por falar sobre a minha vivência. Depois de pesquisar muito sobre as possibilidades com advogados, entendi que eu poderia falar sobre isso, como era importante e como isso mexeu comigo”, diz.  

Sobre os temas mais difíceis de abordar, Renata aponta o estrupo marital – violência sexual que acontece dentro do casamento. “Acho que é um lugar que não conseguimos acessar porque ainda existe uma grande dificuldade das mulheres denunciarem e até mesmo entenderem, já que nem mesmo as autoridades estão preparadas pra receber esse tipo de denúncia”, explica.

Confira a live na íntegra

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