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Desempenho físico de jovens que fumam vape é igual ao de fumantes de cigarro
Imagem: Reprodução / Freepik

Pesquisa evidencia que cigarro eletrônico não é menos prejudicial durante atividades físicas

Um estudo recente da Universidade Manchester Metropolitan, na Inglaterra, revelou que jovens que fumam cigarro eletrônico têm desempenho físico similar ao de fumantes de cigarros tradicionais. A pesquisa foi apresentada no Congresso da Sociedade Respiratória Europeia em setembro de 2024, realizado em Viena, Áustria.

O estudo analisou 60 voluntários, todos na faixa dos 20 anos, divididos em três grupos: não fumantes, fumantes de vape e fumantes de tabaco, sendo que estes últimos fumavam há cerca de dois anos. Inicialmente, os participantes passaram por um exame de espirometria, que avalia a função pulmonar. Em seguida, realizaram um teste de bicicleta, onde foram avaliados o funcionamento do coração, pulmões e músculos durante a atividade física. O fluxo sanguíneo foi monitorado com ultrassom, e exames de sangue mediram marcadores inflamatórios.

Os resultados mostraram que tanto os fumantes de vape quanto os de cigarro tradicional apresentaram pior desempenho físico em comparação com os não fumantes. Mesmo com função pulmonar normal no início, os fumantes relataram mais falta de ar, sinais de fadiga muscular precoce, maior dificuldade durante o exercício e comprometimento da circulação sanguínea.

Os pesquisadores concluíram que dois anos de uso de cigarro eletrônico causam os mesmos desconfortos respiratórios e perdas funcionais que o tabaco. Estudos anteriores já indicavam a associação do vape com inflamações pulmonares e modificações prejudiciais nos vasos sanguíneos.

A pneumologista Karla Curado, do Hospital Israelita Albert Einstein em Goiânia, comentou: “Os estudos mostram que o cigarro eletrônico não é inofensivo, como se pensava inicialmente. Este estudo confirma que ele é tão prejudicial quanto o tabaco”. Karla enfatiza que, por acreditarem que o vape é menos tóxico, muitos jovens não percebem os riscos a longo prazo.

Para Karla, o maior desafio é conscientizar os jovens sobre os perigos do cigarro eletrônico. “Precisamos informar melhor sobre os riscos e reforçar que o vape também leva à dependência, que é difícil de ser tratada, exigindo terapias comportamentais e medicamentação”, afirma.

Vale lembrar que desde 2009, a comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil. Em 2023, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) revisou os regulamentos, mantendo a proibição e reforçando os efeitos prejudiciais desses produtos à saúde pública.

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