Daniel Day-Lewis retorna do exílio criativo em Anemone, dirigido por seu filho

Daniel Day-Lewis está de volta ao cinema depois de oito anos afastado da telona. O ator britânico, três vezes vencedor do Oscar, havia declarado aposentadoria após “Trama Fantasma” (2017), mas agora retoma a carreira com “Anemone”, um drama dirigido por seu filho, Ronan Day-Lewis. O projeto marca não apenas o retorno de um dos maiores intérpretes de sua geração, mas também a estreia do herdeiro atrás das câmeras.

A história se passa no norte da Inglaterra, nos anos 1980, e acompanha dois irmãos que, décadas antes, haviam servido como paramilitares britânicos na Irlanda do Norte. O reencontro dos personagens, vivido por Day-Lewis e Sean Bean, expõe cicatrizes emocionais e conflitos não resolvidos, misturando memória, violência e afeto em um cenário de tensão política. O roteiro foi escrito a quatro mãos por pai e filho, em uma parceria que atrai atenção pela intensidade criativa.

Além de Day-Lewis e Bean, o elenco reúne Samantha Morton, Samuel Bottomley e Safia Oakley-Green. A produção é assinada pela Plan B, de Brad Pitt, em parceria com a Focus Features, e teve como objetivo criar um drama de atmosfera sombria e intimista. O resultado, pelo que o trailer sugere, aposta em atuações contidas e grande carga emocional, com forte apelo estético.

“Anemone” terá estreia mundial no Festival de Cinema de Nova York, ainda neste outono do hemisfério norte. Nos Estados Unidos, a estreia comercial será em 3 de outubro, em circuito limitado, com expansão prevista para a semana seguinte. A expectativa é que a produção também seja lançada em outros mercados estratégicos até o fim do ano, preparando terreno para a temporada de premiações.

Críticos já apontam que o longa pode se tornar um dos títulos mais comentados de 2026. O peso do retorno de Day-Lewis, aliado à ousadia de Ronan em seu primeiro trabalho como diretor, cria um produto de alto interesse cultural. Se corresponder às expectativas, “Anemone” pode não apenas recolocar o ator no centro do debate cinematográfico, mas também lançar um novo nome promissor na direção.

(Crédito da imagem: Reprodução)