Publicidade

 

por Ronaldo Bressane para a revista PODER

Pela diversidade na escolha dos nomes e na composição das mesas – menos distante do critério anglófono de recentes edições –, esta promete ser uma das melhores Flips dos últimos anos. Mesmo que o eixo da festa continue sendo a literatura, há excelentes nomes da arquitetura, crítica, história, cinema, música e filosofia para ouvir. A seguir, PODER elenca sete bons motivos para você enfrentar a cara muvuca de Paraty em busca de um bom entrevero intelectual. O evento ocorre entre 3 e 7 de julho.

1. Michel Houellebecq. O romancista, poeta e polemista francês vem ao Brasil lançar seu “O Mapa e o Território”. Espera-se que as aspas mais corrosivas e politicamente incorretas do festival venham dele.

2. Lila Azam Zanganeh. A bela franco-iraniana vem falar de seu amor a Nabokov, tema do romance “O Encantador”. Poliglota e simpática, deve falar em português e deixar a audiência hipnotizada com seu entusiasmo ao tratar de literatura.

3. Alice Sant’Anna, Ana Martins Marques e Bruna Beber. Três das melhores poetas brasileiras contemporâneas prometem um diálogo bem-humorado sobre como é tirar a poesia do pedestal.

4. Lydia Davis & John Banville. A contista americana e o romancista irlandês, tão premiados quanto experimentais, criticam o realismo psicológico, padrão reinante na literatura mundial dita “de qualidade”.

5. Maria Bethânia fala sobre Fernando Pessoa, um dos poetas cujos versos tem lido em suas emocionantes apresentações.

6. Aleksandar Hemon & Laurent Binet. Jovens estrelas literárias, o escritor bósnio-americano (“O Livro das Minhas Vidas”) e o francês (“HHhH”) tratam de obscuros eventos de guerra em suas ficções.

7. Geoff Dyer & John Jeremiah Sullivan. Dois dos mais importantes ensaístas contemporâneos discutem o gênero à luz de suas interseções com a ficção e o jornalismo. Dyer ainda lança “Todo Aquele Jazz”, em que ficciona as biografias de jazzmen, como Chet Baker, Charles Mingus e Lester Young.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter