Publicidade

 

Em sentido horário, Unidos do Baixa Augusta (SP),  Cordão do Bola Preta (RJ) e Simpatia é Quase Amor (RJ)

Tamanha é a importância do Carnaval que dizem que o ano só começa depois dele. A festa popular mais celebrada no Brasil é também época de extravasar – e jogar tudo pro ar, como já bem disse Claudia Leitte. E o motivo de tanto entusiasmo vai além do feriado, viu? Glamurama conversou com Alberto Ikeda, etnomusicólogo, especialista em Carnaval e professor do Instituto de Artes da Unesp, que explicou mais sobre o papel exercido pela folia, falou sobre a volta dos blocos de rua e da carnavalização do dia a dia. Pois acredite: os dias de samba, marchinhas e axé são ótimos para suprir a falta de convívio social e enfrentar a pressão dos tempos modernos. Confira e divirta-se sem moderação.

– Os pequenos blocos de rua têm conquistado um espaço cada vez maior em São Paulo e no Rio de janeiro. Qual o motivo disso? “As classes média e média alta passaram a querer uma diversão menos institucionalizada, com mais liberdade. Nos blocos é possível criar sua própria fantasia, além de não ter de pagar preços exorbitantes. As pessoas também estão buscando um Carnaval mais participativo, não querem somente contemplar, querem fazer parte e reunir amigos. As marchinhas criaram também a possibilidade de um novo espaço de socialização – coisa que se perdeu no Carnaval mais institucionalizado, com todas suas regras”

– Qual a importância do Carnaval para o ser humano? “O Carnaval traz a possibilidade de extravasar toda a  falta de convívio social, da privação de liberdades e da alta cobrança da sociedade. A festa acaba sendo uma compensação do nosso individualismo. No Carnaval, você pode se permitir mais e dar vazão aos instintos e prazeres da vida, além de ser menos cobrado nos cerceamentos sociais e morais do dia a dia. Podemos também extravasar nossas ansiedades sociais e políticas – o que muitas vezes levariam à violência. Ou seja, o Carnaval permite que a sociedade se mantenha sadia em seu ritmo cotidiano”

– Porque o nosso Carnaval faz tanto sucesso aqui e no exterior? “Vivemos uma espécie de vida carnavalizada hoje em dia. Depois da década de 70 e 80, a sociedade está mais voltada para o entretenimento e o prazer. Hoje, todos os jovens saem pra balada, mesmo durante a semana, coisa que antes os pais reprimiam. Os amores de Carnaval, casuais e descompromissados, antigamente proibidos, também são normais nos nossos tempos.  O sucesso da festa com os estrangeiros se dá pela liberalização da nossa cultura. Somos muito mais espontâneos, instintivos e libertos com o corpo nesta época do ano, até mesmo pelo calor. Ao mesmo tempo, também enfrentamos o lado perverso disso, já que acabamos muitas vezes sendo mal vistos”. [Por Denise Meira do Amaral]

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Especialista defende Meghan Markle após beijo no ar malsucedido na Paris Fashion Week

Especialista defende Meghan Markle após beijo no ar malsucedido na Paris Fashion Week

Durante a Paris Fashion Week, Meghan Markle protagonizou um momento constrangedor ao tentar trocar um “beijo no ar” com o designer Pier Paolo Piccioli, resultando em um leve choque de cabeças. A especialista em linguagem corporal Judi James defendeu a duquesa, afirmando que o erro partiu de Piccioli, que se aproximou demais e usava óculos escuros, dificultando a leitura dos sinais não verbais. Segundo James, Meghan reagiu com elegância e autocontrole, evitando contato excessivo. O episódio mostra como cada gesto da duquesa segue sendo amplamente analisado sob os holofotes da mídia internacional.

Instagram

Twitter