A Galeria Frente inaugura a exposição “A realidade máxima das coisas”, uma coletiva que destaca a obra de artistas nipo-brasileiros e suas distintas expressões estéticas. A mostra, com curadoria de Jacob Klintowitz, ocorre de 16 de março a 1 de junho e conta com aproximadamente 70 obras, celebrando o legado de onze artistas que migraram do Japão para o Brasil, dedicando suas vidas à arte. Jorge Mori, Flávio Shiró, Kazuo Wakabayashi, Manabu Mabe, Megumi Yuasa, Takashi Fukushima, Tikashi Fukushima, Tomie Ohtake, Tomoshige Kusuno, Yutaka Toyota e Tsugouharu Foujita compõem o elenco da exposição, cada um contribuindo com sua interpretação única do Novo Mundo.
O curador questiona como esses artistas responderam ao desafio de um país tropical como o Brasil, propondo uma arte que reflete a máxima realidade das coisas. As obras apresentadas revelam um diálogo entre suas vivências, símbolos e a nova cultura, enriquecendo a cena artística brasileira. Destaca-se Manabu Mabe, cujo centésimo aniversário é celebrado na mostra, com uma obra de 1994 que explora o espaço e a sensibilidade humana de forma marcante.
Yutaka Toyota, outro destaque, reflete sobre energia e espaço em suas esculturas, enquanto Tomie Ohtake, a única artista mulher na exposição, exibe seis pinturas que exploram formas rigorosamente elaboradas. A presença de T. Foujita também é notável, lembrando sua contribuição marcante para a cultura brasileira na década de 1930.
Acacio Lisboa, diretor da galeria, destaca a importância da exposição em estimular reflexões sobre a cultura nipo-brasileira e homenagear legados estéticos de relevância histórica. Acredita-se que a difusão dessa mostra promova debates atualizados e novas discussões sobre a criação artística, enriquecendo a história nacional e internacional da arte.
“Essa mostra nos faz trazer à tona e homenagear legados estéticos de relevância, que tenham consistência histórica e um valor inestimável para a cultura artística nacional e internacional. Acreditamos que a difusão dessa exposição promove a atualização do debate, cria uma atmosfera de encontros e favorece novas discussões sobre a criação dos artistas, tão relevantes para nossa história”, finaliza Acacio.
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Fotos: Denise Andrade
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