Publicidade
Anna Sorokin
Reprodução/Instagram

Em alta por conta da série da Netflix “Inventando Anna”, inspirada em seus golpes e lançada em fevereiro com elogios da crítica e alto interesse do público, a trambiqueira russa Anna Sorokin – que se passava por herdeira rica para arrancar dinheiro de ricaços de verdade – acaba de entrar no segmento dos NFTs (Tokens Não-Fungíveis, na sigla em inglês), com a criação de uma coleção de desenhos virtuais que assina e que batizou “Reinventando Anna”.

As obras, que só existem no metaverso, estão à venda por valores a partir de US$ 90 (R$ 462), e seus compradores ganharão como brinde a oportunidade de falar por telefone com sua autora, que em seus tempos de malfeitos usava o sobrenome Delvey.

Atualmente cumprindo uma pena de 12 anos pelas fraudes que cometeu, na prisão feminina Orange County Correctional Facility de Goshen, no estado americano de Nova York, a criminosa condenada dispõe do direito de receber algumas ligações por semana.

Sorokin vendeu os direitos sobre sua história de vida para a gigante do streaming em 2019, por US$ 320 mil (R$ 1,6 milhão). O dinheiro foi usado para pagar parte dos prejuízos que ela causou para algumas de suas vítimas, algo em torno de US$ 200 mil (R$ 1 milhão), e que teriam sido muito maiores caso sua última tentativa criminosa tivesse dado certo: conseguir um empréstimo de US$ 22 milhões (R$ 112,8 milhões) para fundar um clube de arte para as elites.

Os NFTs que criou, aliás, não são a última investida dela no universo artsy, já que em abril aquela que se apresentava como membro de uma família bilionária da Europa expôs trabalhos de artistas que a usaram como musa. Nesse caso, eram obras pertencentes ao mundo real exibidas na mostra “Free Anna Delvey”, aberta em uma galeria pop-up do Lower East Side de Manhattan, em Nova York, contendo 33 quadros dos quais cinco foram adaptações de esboços feitos pela própria Sorokin na cadeia.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter