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Daniela Perez
Foto: Divulgação/HBOMax

A notícia do assassinato de Daniella Perez, filha da autora de novelas Glória Perez, impactou tanto o Brasil a ponto de lembrarmos onde estávamos quando soubemos de sua morte. O documentário “Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez”, de Tatiana Issa e Guto Barra, retoma a história de 30 anos por meio de entrevistas, documentos e imagens de arquivo.

Foto: Divulgação

Nos bastidores, Tatiana tem uma ligação pessoal com o assassinato: ela estava ao lado de Raul Gazolla, ator que era casado com Daniella, quando ele recebeu a notícia do sumiço de sua mulher.

“Por acaso, eu estava trabalhando com o viúvo da Dani na época e a gente estava ali, juntos, naquele mesmo dia quando ele saiu para procurá-la. Começamos a entrar naquela loucura”, contou.

Tatiana é amiga desde a adolescência de uma prima de Daniella. “Eu comecei a participar daquele movimento [da procura pela atriz]. Eu estava no velório, no enterro. Vivi aquilo de uma maneira muito intensa”.

Além de Gloria Perez e Raul Gazolla, a série ouve atores que conviveram com a atriz, como Cláudia Raia e Alexandre Frota, para recontar o assassinato brutal cometido por Guilherme de Pádua, colega de elenco de Daniella na novela “De Corpo e Alma”, escrita por Glória.

Os bastidores das entrevistas

A série documental é recheada com entrevistas difíceis da família e dos amigos de Daniella. Como um crime que chocou o Brasil em 1992, “Pacto Brutal” cumpre o papel de deixar o espectador chocado com cada etapa do processo.

O documentário, feito por dois vencedores de Emmys, desafiou seus criadores. “Eu que tenho uma filha adolescente, me colocava a cada momento no lugar dessa mãe. É muito doloroso. A gente parava, chorava, voltava. Cada testemunha daquelas entrevistas, como o tio, o irmão ou a prima da Daniella, foram entrevistas muito dolorosas porque vai a um lugar pessoal de uma dor muito profunda,” diz Tatiana.

“É muito duro você falar sobre isso sem falecer por dentro de tanta dor”, completa.

Já o momento mais difícil da filmagem para Tatiana foi quando eles abriram o saco das roupas que Daniella vestia no momento do assassinato.

“Você abrir aquilo, que nunca foi aberto, pegar a camisetinha, a calça jeans ainda suja de terra com os furos da perfuração e o tênis sujo – tão emblemático porque foi a primeira peça que a Glória reconheceu na filha – foi muito doloroso. Eu chorei por 40 minutos consecutivos nesse dia,” revela.

Pesquisa para ‘Pacto Brutal’

Glória Perez teve uma participação super importante para Tati e Barra realizarem o documentário. Sem nenhum envolvimento pessoal, a roteirista entregou toda a documentação acumulada ao longo dos anos para os diretores.

“A Glória cedeu para a gente um arquivo dela e o acervo que ela juntou todos esses anos, com toda a documentação legal, o caso completo e gravações que ela mesma fez com testemunhas, mais fotos, e toda o material de imprensa de 30 anos”, contou Barra.

Com a papelada em mãos, Tati e Barra conseguiram ir atrás das pessoas para colherem depoimentos, que podem ser conferidos a partir do dia 21 de julho na HBO Max. Veja o trailer de “Pacto Brutal”:

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