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Luísa Sonza
Foto: Pam Martins

Paixão avassaladora, um romance recíproco, a frustração e o término. As características podem parecer a linha do tempo perfeita para descrever um relacionamento romântico, mas Luísa Sonza foi além. Em seu terceiro álbum de estúdio, intitulado “Escândalo Íntimo”, a gaúcha conta realmente uma história de amor, mas que se entrelaça com sua jornada íntima de amadurecimento, como uma viagem ao seu subconsciente.

O projeto conta com 24 faixas, com 2 bônus divididos em quatro blocos para aguçar a curiosidade do público. Nesta terça-feira, 29 de agosto, 18 delas já estão disponíveis em todas as plataformas de áudio e as demais serão desbloqueadas gradualmente, assim como a parte visual, que juntas fazem parte de um curta-metragem.

“São músicas que retratam um relacionamento do início ao fim. Só que eu fui notando que nesse relacionamento, ela começa sozinha e termina sozinha. Então diz muito mais sobre a gente do que o outro. Fui entendendo que tudo que eu estava falando nas músicas era um relacionamento tóxico comigo mesma, eu estava falando sobre mim e quando não era sobre mim estava colocando uma expectativa no outro, a vontade no outro”, revelou Luísa durante coletiva de imprensa do lançamento do álbum.

“Não é uma exclusividade minha. Diretamente ou indiretamente isso é baseado nos relacionamentos com o outro, seja amoroso, de amizade, familiar, os gatilhos, os traumas, as expectativas que a gente cria é pelo relacionamento que a gente tem com o outro”.

O poder da terapia

Mesmo vivendo o auge de sua carreira após o lançamento de “Doce 22”, no final do ano passado, Luísa se deparou com um momento turbulento com sua saúde mental devido a uma enxurrada de haters. Nos pensamentos que vinham, auto-sabotagem, além de sonhos sombrios e incontáveis crises de pânico. Toda essa nuvem carregada ficou interligada diretamente com o seu inconsciente e foi literalmente com a terapia que ela passou a racionalizar os seus sonhos sombrios, transformando-os em arte.

“Quando eu entendi que o relacionamento era fruto do meu inconsciente, independente de eu colocar a expectativa no outro ou vice-versa, todos os pesadelos eram baseados em como eu reagia a tudo aquilo. Foi uma maneira de lidar com eles de uma forma mais leve. Antes de eu colocar pra fora, tinha muito medo do que as pessoas iam achar de mim. Foi uma forma de libertação, de transformar esses sonhos em arte”, explica.

Ela enfatiza que isso não a fez só mudar como pessoa, mas também enxergar como seu processo de terapia refletiu diretamente na produção do álbum.

Referências, participações e a essência de Luísa

Diferente do que vinha produzido, “Escândalo Íntimo” buscou referências que se conectassem com essa viagem surrealista. A cantora de 25 anos apostou em uma mistura de sons e ritmos, além de parcerias certeiras que se tornaram a cereja do bolo. Entre os elementos estão o rock nacional dos anos 80 e 90, os ritmos gaúchos como a Milonga, o sertanejo raiz, o samba, a bossa nova e, claro, o funk e o pop, mas com uma pegada mais madura.

Além disso, o álbum também apresenta hits como “Penhasco 2”, com participação especial de Demi Lovato e outros singles como “Ana Maria”, que faz referência a algumas alegrias do povo brasileiro, como Ana Maria Braga passando na TV, bem como “Lança Menina”, uma homenagem a eterna referência de Luísa: Rita Lee.

“Hoje, tudo que as pessoas falam de qualquer pessoa são projeções de nós mesmos. Eu abordo isso no álbum, então eu torno essa jornada um pouco mais pessoal e um pouco menos volátil à opinião alheia. Então chego em ‘Esândalo Íntimo’ muito mais madura e não me importo tanto mais com o que as pessoas vão falar. É indiferente. Ninguém sabe o que acontece. A Luísa Sonza arrasa, mas a Luísa Gerloff Sonza vem antes dela”, finaliza.

A primeira apresentação ao vivo do novo álbum acontece no domingo, 3 de setembro, quando a gaúcha se apresenta no palco principal do The Town, em São Paulo.

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