Publicidade

 

CARMELA GROSS, Foto: EVERTON BALLARDIN

A exposição “Quase Circo”, de Carmela Gross, com curadoria de Paulo Miyada, estará aberta ao público a partir de 27 de março no Sesc Pompeia, em São Paulo. A mostra oferece uma ampla visão das obras da renomada artista visual paulistana, destacando sua diversidade e contribuições para a arquitetura, história urbana e arte contemporânea. A narrativa visual de Gross desafia convenções e convida os espectadores a explorarem novas perspectivas.

Com 13 obras em grande escala, a exposição inclui instalações como “Roda Gigante”, “Escadas Vermelhas” e “Uma Casa”, além de painéis luminosos, vídeos e desenhos na Área de Convivência. Destaque para a obra “Gato”, inspirada em um desenho de Lina Bo Bardi, e outras duas peças anteriormente expostas no Sesc Pompeia.

A convergência entre as criações de Gross e a arquitetura visionária de Lina Bo Bardi é enfatizada, proporcionando aos visitantes uma imersão nas obras da artista. O curador destaca a singularidade da produção de Gross ao longo de quase seis décadas, utilizando frequentemente os restos do crescimento urbano como matéria-prima.

A exposição, que permanecerá em exibição até 25 de agosto de 2024, também oferece ações educativas ao longo do período. Luiz Deoclécio Massaro Galina, diretor regional do Sesc São Paulo, destaca a sensibilidade aos espaços arquitetônicos como um aspecto valorizado pela instituição, especialmente no contexto histórico de transformação de complexos industriais urbanos em centros culturais.

Expo Quase Circo, foto: EVERTON BALLARDIN

Carmela Gross, nascida em São Paulo em 1946, é reconhecida internacionalmente, tendo participado de diversas bienais e exposições ao redor do mundo. Suas obras estão presentes em importantes acervos e coleções particulares. Graduada em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado, Gross também é mestre e doutora pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

O curador Paulo Miyada, conhecido por seu trabalho em arte contemporânea, destaca-se por sua atuação em diversas instituições renomadas, incluindo o Centre Pompidou, em Paris, e o Instituto Tomie Ohtake. Com formação em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP, Miyada possui vasta experiência na curadoria de exposições e projetos culturais.

Esta exposição é uma convergência. De um lado, a obra peculiar de Carmela Gross, que, ao longo de quase seis décadas, produz arte como uma forma singular de observar, deslocar e recombinar elementos do mundo, frequentemente utilizando os restos do crescimento urbano como matéria-prima. De outro lado, a arquitetura de Lina Bo Bardi, que encontrou no Brasil lições sobre trabalho, arquitetura e design populares, incorporando-as em sua própria arquitetura fundamentada em princípios modernistas”, destaca o curador.

As obras de Gross apresentadas na exposição abordam questões relacionadas ao espaço urbano, utilizando diversos materiais e técnicas para explorar temas como conflitos sociais, identidade e memória. Cada obra oferece uma reflexão única sobre a condição humana e o ambiente que a rodeia, convidando o público a uma experiência sensorial e intelectualmente estimulante.

foto: EVERTON BALLARDIN

“Quase Circo – Carmela Gross”
Abertura dia 26 de março, às 19h
Visitação: de 27 de março a 25 de agosto
Terça a sábado, das 10h às 21h
Domingos e feriados, das 10h às 18h. Grátis. Livre
Local: Área de Convivência
A exposição oferece recursos de acessibilidade como fones de ouvido, três obras táteis e conteúdo disponível no aplicativo musea (plataforma para exposições com áudios, textos e vídeos).

 

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter