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Caco Barcellos / Crédito: TVGlobo/Mauricio Fidalgo

O ‘Profissão Repórter’ está de volta em uma nova temporada. Sempre atual, o programa está focado nas transformações ocorridas no país por consequência da Covid 19. “Começamos a nova temporada em um momento de descontrole  da pandemia”, antecipa Caco Barcellos que, depois de 49 anos fazendo reportagens nas ruas, precisou aprender a trabalhar de casa.

O jornalista, que completa 71 anos em março, segue confinado em sua casa, em São Paulo, até tomar a vacina. Nesse período, ele transformou o quarto de hóspedes em um mini estúdio. Foi de casa também que ele entrevistou candidatos e selecionou os três novos repórteres do programa, Augusta Lunardi, Clara Velasco e Pedro Borges, que reforçam a equipe. “Pela primeira vez contratamos novos repórteres sem eu ter falado pessoalmente com eles.  Tivemos longas conversas de forma virtual e os encontros pessoais foram com a editora-chefe do programa, Janaína Pirola. Fizemos as escolhas juntos”, conta. Confira a entrevista com Caco Barcellos:

O “Profissão Repórter” volta a ser exibido na Globo. O que veremos de diferente no programa?
A maior novidade será a minha ausência involuntária das ruas. Em isolamento social por  causa da idade, farei participações virtuais sem sair da minha casa. Nossas equipes das áreas de Arte e Tecnologia transformaram meu quarto de hóspedes em um mini estúdio do ‘Profissão Repórter’.  Por meio de duas grandes telas farei a apresentação do programa, as entrevistas, as reuniões e as conversas virtuais com os editores na nossa redação e com os  repórteres nas ruas. Em relação ao conteúdo,  apontaremos nossas câmeras para as transformações ocorridas no país por consequência da pandemia. Vamos contar histórias dos brasileiros que mais têm sofrido com a crise sanitária: as pessoas que ficaram  sem renda, sem emprego, sem moradia, sem comida na  mesa, sem leito nos hospitais, sem oxigênio para respirar e sem garantia de vacina.

A nova temporada conta com o reforço de três novos repórteres. Quais as características de Augusta Lunardi, Clara Velasco e Pedro Borges?
Os três têm alguns anos de experiência em jornalismo investigativo produzido com luz própria. A gaúcha Augusta Lunardi atuou como repórter independente para programas de TV da França  e da Espanha. A baiana Clara Velasco é especialista em jornalismo de dados, experiência desenvolvida no portal G1. E o Pedro Borges, paulistano, é um dos fundadores do Alma Preta, um portal de mídia negra atuante da periferia de São Paulo. Os três têm em comum a paixão pela reportagem.

Em 2020, por conta da pandemia, o programa esteve fora da grade da Globo, mas suas matérias nunca deixaram de ser exibidas. O que mudou na rotina da equipe nesse período?
Nossa equipe inteira trabalhou sem parar na cobertura jornalística da pandemia. Essa experiência, sobretudo dos repórteres nos hospitais e  cemitérios, será a base de nossos primeiros programas da nova temporada. Em 49 anos de reportagem nunca havia saído das ruas. Com a pandemia, tive que aprender a conversar com as  pessoas à distância, sem a possibilidade do “olho no olho”,  indispensável no  processo de conquista de confiança recíproca com os entrevistados. Mas nossos repórteres, todos jovens,  continuaram no front, envolvidos na cobertura da pandemia para os telejornais e também em reportagens especiais para o ‘Fantástico’. Mantivemos nossa dinâmica, mesmo com  três editores experientes como eu, trabalhando sem sair de casa. Além de reforçar a cobertura do jornalismo, parte da equipe também ajudou a produzir um documentário sobre os bastidores do trabalho da imprensa durante a pandemia: ‘Cercado’, disponível no Globoplay, teve a direção de Caio Cavechini, diretor executivo do nosso programa.

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