Quando se mudou para Los Angeles de mala e cuia com o príncipe Harry e o filho, Archie Harrison, e disposta a “ressuscitar” a carreira de atriz da qual abriu mão para se tornar membro da família real mais famosa do mundo, Meghan Markle deve ter achado que o retorno às suas origens hollywoodianas seria um mar de rosas. Ledo engano, já que a duquesa de Sussex nos últimos tempos só reclama da escassez de ofertas de trabalho “à sua altura” que tem recebido por lá – uma pior que a outra, na visão da neta postiça de Elizabeth II.
O maior problema para ela é que, como uma ex-royal ainda necessitada de manter um certo comportamento exemplar, atuar em qualquer produção pode se tornar um grande problema. O mais recente trabalho de Markle na telona, e primeiro dela como uma Windsor, foi a narração do documentário sobre elefantes “Elephant”, produzido pela Disneynature e lançado na plataforma de streaming Disney+ no começo de abril.
Trata-se de um filme que passa uma imagem positiva, longe de ser polêmico e, portanto, ideal para quem quer manter uma imagem positiva junto ao público. Mas jobs desse tipo são raros até mesmo em Hollywood, e a nora do príncipe Charles que mais rende notícias ainda não encontrou outro equivalente à altura para se firmar por lá novamente. A propósito, Markle tem recebido apenas roteiros de personagens coadjuvantes, sobretudo para a televisão, que também não acredita serem “compatíveis” com seu passado recente de frequentadora ativa da realeza britânica. (Por Anderson Antunes)
Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Kate Winslet relembra a noite em que quase cumprimentou o então príncipe Charles usando um vestido de renda completamente transparente na estreia de Razão e Sensibilidade em 1996. Entre humor, vulnerabilidade e elegância, ela transforma um caos adolescente em uma das melhores histórias de sua relação com a realeza.
O Cambridge Dictionary escolheu “parasocial” como a palavra do ano de 2025, destacando como as relações unilaterais com celebridades, influenciadores e IAs se tornaram parte central da vida digital. A escolha funciona como um diagnóstico social: intimidade sem reciprocidade.
Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.