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Debora Bloch em cena de “Onde Nascem os Fortes” || Créditos: TV Globo
Debora Bloch em cena de “Onde Nascem os Fortes” || Créditos: TV Globo

Glamurama encontrou com Debora Bloch na noite dessa terça-feira na cobertura do Museu de Arte do Rio, na zona portuária carioca. Por lá rolava uma festa comandada por Paula Lavigne com direito a roda de samba com Pretinho da Serrinha, Teresa Cristina e Mosquito. O clima era leve, descontraído, e a gente aproveitou para conversar com a atriz sobre… Liberdade.

“Um lugar bem machista”

O papo começou com ela contando sobre sua personagem em “Onde Nascem os Fortes”, nova supersérie da Globo, ambientada no sertão. “A Rosinete é uma mulher com valores conservadores, tradicionais, que vive para a família e aceita um lugar bem machista dentro do casamento. O marido [o poderoso da cidade, papel de Alexandre Nero] trai, ela sabe e aceita em nome da família, dos filhos, do casamento. Mas ela vai ter uma trajetória muito interessante de se libertar, de sair desse lugar”.

“Ela corre e reza ao mesmo tempo”

“É um papel surpreendente. Ela tem uma filha com lúpus, uma doença autoimune, sem cura, e vive dedicada a essa menina. É muito religiosa e gosta de correr, que é uma coisa de mulher contemporânea. A série tem essa mistura do coronelismo com o contemporâneo, essa coisa da internet que acaba globalizando. E é assim o sertão hoje em dia. Mas voltando para a personagem, ela corre e reza ao mesmo tempo, uma mistura de sacrifício, penitência, expiação… Vai pedindo pela cura da filha, pelo casamento… E a direção é maravilhosa, tem uma linguagem cinematográfica que me interessa, uma maneira de filmar bacana, com uma câmera só. Tenho muito prazer em fazer esse trabalho com a mesma equipe que fiz ‘Justiça'”.

Debora Bloch curtindo os amigos [o ator Guilherme Weber e a produtora Paula Lavigne] no Museu de Arte do Rio || Créditos: Cristina Granato

“Não é viver sem afeto. Tem afeto dos amigos, da família, dos filhos…”

E por falar em machismo, em baixar a cabeça para manter um casamento… Isso não poderia ter menos a ver com Debora Bloch, certo? “Ah, não tem nada a ver comigo mesmo!” Comentamos com a atriz sobre o desprendimento de ela – 54 anos, separada, dois filhos crescidos… e linda – se deixar ser vista “ficando” com alguém de vez em quando em festas, sem “encanar” com a repercussão do dia seguinte – e sem que isso vire uma especulação [e torcida] sobre namoro, um novo casamento e por aí vai. “Isso tem a ver com você aprender a estar bem sem necessariamente ter que estar com alguém, algo que eu acho legal de conquistar. Não é viver sem afeto. Tem afeto dos amigos, da família, dos filhos… Por acaso, no momento, eu estou com alguém [com quem ela não quis contar], mas o melhor jeito de estar com alguém é não precisar estar com alguém. Poder estar bem com você mesma, sem precisar do outro. Isso é uma conquista”.

“A maturidade é uma coisa muito boa. Tirando a parte física”

E mais: “Acho legal envelhecer livre de padrões, de lugares em que normalmente colocam as pessoas mais velhas. Me sinto muito mais livre hoje do que quando eu era garota. Pra tudo. Digo internamente, mais bem resolvida em vários aspectos. A maturidade é uma coisa muito boa. Tirando a parte física, que às vezes é mais chata, tem que se cuidar mais, fazer mais exames…” (por Michelle Licory)

Aqui embaixo, as fotos da festa:

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