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por Júlia Xavier*

Hoje resolvi falar sobre um tema que tem sido bastante presente nos meus pensamentos e na minha vida nos últimos meses. Na quarentena realizei um projeto na empresa Jr. da faculdade relacionado à moda sustentável, o que me levou a inúmeros questionamentos sobre meu próprio consumo e a indústria como um todo.

Além disso, nos últimos meses muito se falou no mundo sobre questões sociais e ambientais, o que instigou ainda mais o meu interesse em pesquisar sobre o assunto. Sinto que nós da geração Z, de alguma forma, estamos mais preocupados com o meio ambiente e com as pessoas, mas até que ponto sabemos de fato qual é a nossa responsabilidade nisso tudo?

O que acontece é que boa parte do que podemos fazer está no nosso consumo e em como iremos agir nas empresas em que iremos trabalhar ou fundar. Ser uma empresa 100% sustentável é quase uma utopia, mas todas devem lutar para ser cada vez mais sustentáveis, o que consiste em tomar atitudes com relação a três pilares: social, ambiental e econômico. Se preocupar com apenas um deles não é o suficiente.

Infelizmente nos dias de hoje muitas grandes empresas praticam o chamado “greenwashing”, utilizando o marketing para mascarar suas ações e enganar ou iludir o consumidor, afirmando estar preocupada com a questão ambiental, quando na verdade só está preocupada com as vendas e o lucro. No caso da moda, isso acaba prejudicando os pequenos produtores que de fato se importam com a sustentabilidade e lucram pouco por peça, não conseguindo competir com os preços das marcas fast fashion.

Entretanto, acredita-se que o consumidor que busca por informações está deixando de aceitar qualquer marca ou qualquer tipo de produção. Pesquisas a respeito do processo por trás de um produto estão recebendo mais atenção. É inadmissível que no momento em que estamos ainda surjam novas marcas sem o propósito de serem verdadeiros agentes de mudança. A preocupação em ser uma empresa mais sustentável se tornou praticamente uma obrigação.

Ainda assim, a caminhada é longa e exige nossa participação ativa. Esta semana, o relógio da Manhatan Union Square em Nova York passou a contar quanto tempo resta para lutarmos contra a crise climática. Quando começou a contagem regressiva, ele marcava 7 anos, 103 dias, 15 horas, 40 minutos e 7 segundos. Extremamente preocupante.

Por mais que compartilhar posts nas redes sociais seja algo importante para atingir outras pessoas, precisamos ir além. Precisamos trazer essas discussões para nossas aulas, nossas casas, nossos grupos de amigos, e mais do que isso, decidir quais ações podemos tomar efetivamente.

Nós somos o futuro do mercado de trabalho, somos os futuros donos de startups, talvez. Que possamos levar essa preocupação genuína conosco desde já. (* Julia Xavier cursa Publicidade e Propaganda, e passou a se interessar pelo universo das startups, da inovação e do empreendedorismo após viagem ao Vale do Silício).

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