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O príncipe Charles || Créditos: Reprodução
O príncipe Charles || Créditos: Reprodução

Um protocolo “macabro” foi acionado na manhã dessa quarta-feira em Londres, mais precisamente no Palácio de Buckingham, a residência oficial da rainha Elizabeth II. Com a revelação de que o primogênito da monarca, o príncipe Charles, foi diagnosticado com Covid-19 e por enquanto sente apenas os sintomas “mais leves” da doença, assessores palacianos já se preparam para todos os desfechos possíveis diante da chegada do novo coronavírus na realeza do Reino Unido. O pior, é claro, seria a partida do herdeiro do trono mais importante antes de sua tão esperada ascensão. Com 71 anos, o pai dos príncipes William e Harry faz parte do grupo de risco do Covid-19, que é o de pessoas com mais de 60 anos, e também tem em seu histórico de saúde alguns episódios tidos como “delicados”: Charles contraiu a gripe asiática em 1957 e quase perdeu a vida para o sarampo quatro anos mais tarde.

Em razão disso, um plano ultra-secreto conhecido como “Operation Menai Bridge” (“Operação Ponte de Menai”), elaborado décadas atrás, foi retirado da gaveta para ser revisado nas últimas horas. Trata-se de todo o planejamento para o funeral de Charles, que foi pensado para um mundo livre de pandemias, e portanto precisaria ser adaptado para a realidade de distanciamento social que vivemos, com a suspensão de qualquer cortejo fúnebre a ser testemunhado por súditos, por exemplo.

Todos os membros seniores da família real britânica têm seus respectivos funerais planejados em detalhes e batizados com nomes de pontes famosas no Reino Unido: o da rainha é chamado de “Operation London Bridge” (“Operação Ponte de Londres”) e o do príncipe Philip foi intitulado “Operation Forth Bridge” (“Operação Ponte Forth”). No caso dos três, convites a chefes de estado de vários países seriam enviados, algo que por conta da quarentena global atual também possivelmente seria descartado.

A maior consequência da eventual morte do príncipe de Gales, no entanto, seria o risco que um acontecimento dessa magnitude representaria para a monarquia mais famosa do planeta, que já anda meio capenga desde o #Megxit. Há quem diga que muitos vibrariam com a chance de ver William, o filho mais velho dele, subindo um degrau na linha sucessória. Mas, para muitas outras pessoas, Charles representa um “link” com um resquício de tradição milenar necessário para manter a Coroa intacta que talvez Wills ainda não possua. De qualquer forma, o marido de Camilla, duquesa da Cornuália, certamente terá daqui pra frente o melhor tratamento médico e, por isso, tem grandes chances de se livrar logo do tão temido mal do momento. Mas que ninguém se engane: seja lá qual for o final dessa história, os britânicos sem dúvida alguma estarão preparadíssimos para o que der e vier.

Outro fato preocupante é que o diagnóstico positivo de príncipe Charles para o novo coronavírus aumentou os temores pela saúde da rainha Elizabeth II, que esteve com o filho no dia 12 de março no Palácio de Buckingham. Ou seja: há menos de duas semanas. Isolada no Castelo de Windsor com o marido, o príncipe Philip, a monarca, de 93 anos, está com “boa saúde”, segundo um porta-voz da coroa.(Por Anderson Antunes)

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