Publicidade
Saboneteira de Ana Elisa Egreja || Créditos: Filipe Berndt, Divulgação

A atmosfera doméstica está no trabalho de Ana Elisa Egreja desde a época em que era estudante de artes plásticas na Faap, em São Paulo, quando seu interesse se voltou para os cantos do próprio lar, entre janelas e revestimentos. Tendo como referência pintores holandeses do século 17, que retratavam cenas cotidianas, a artista conseguiu se aprofundar no tema quando fez da casa dos avós paternos, já falecidos, seu ateliê: os cômodos vazios e os objetos abandonados, então, ganharam mais evidência. Após o imóvel ser vendido, com a mudança para a rua Augusta – onde estabeleceu o novo estúdio, em 2018 – e a impossibilidade de visitar outras residências por conta da pandemia, ela se concentrou em seu acervo, com pastas e pastas de referências, que vão de padrões de tapetes a azulejos. Habituada a pinturas de grandes dimensões, volta e meia ela se detém nos pequenos formatos, como a série de 30 saboneteiras que ocupam telas diminutas e refletem a melancolia que se impôs com a Covid-19. “A pintura é inventada a partir de um arquivo de imagens, mas há um dispositivo afetivo que transporta para a casa dos avós”, explica.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter