Publicidade
Roberto Gómez Bolaños em cena como o Chaves || Créditos: Divulgação/Televisa
Roberto Gómez Bolaños em cena como o Chaves || Créditos: Divulgação/Televisa

Produzido com um orçamento modesto, o que fica evidente diante de seus cenários ‘caseiros’, “Chaves” voltou a ser notícia nos últimos dias por causa de uma briga entre os herdeiros de seu criador e protagonista, Roberto Gómez Bolaños, e a Televisa. Os primeiros acusam a rede de televisão mexicana, que detém os direitos de transmissão da atração gravados entre 1972 e 1979, de não dividir com eles corretamente os lucros gerados pela atração sobre um menino órfão que vive em um barril. E as cifras em jogo no imbróglio que promete durar por muito tempo e certamente ainda renderá muitas manchetes são de cair o queixo.

De acordo com uma matéria publicada pela revista americana “Forbes” em 2012, “Chaves” se tornou uma máquina de fazer dinheiro só quando deixou de ser produzido, em 1992, e passou a ter as reprises de seus 1,3 mil episódios vendidas para canais de todo o mundo por valores bem acima do custo original de filmagem que tiveram. No total, a sitcom mexicana gerou receitas de US$ 1,7 bilhão (R$ 9,1 bilhões) dessa forma, dos quais US$ 1,5 bilhão (R$ 8 bilhões) são provenientes de vendas para a TV aberta e o restante para a TV paga – em ambos os casos também incluídos os valores gerados pela spin-off “Chapolin Colorado”.

Criado depois da morte de Bolaños, em 2014, pelos filhos dele, o Grupo Chespirito (esse é o título de “Chaves” em espanhol) afirma ter recebido cifras bem menores do que as embolsadas pela Televisa, e por isso está usando o fato de que ainda possui o controle sobre a propriedade intelectual do acervo do artista apesar de não ter seus direitos televisivos para pressionar a gigante de mídia com manobras legais a fim de conseguir o que busca. O resultado será a retirada do ar de “Chaves” em todos os mais de 90 países em que a série era exibida há quase quatro décadas, o que deve acontecer em breve.

Fenômeno da telinha como poucas vezes se viu na América Latina, “Chaves” – chamado há 8 anos de “o órfão mais rico do mundo” pela publicação de economia e negócios dos Estados Unidos – gerou em média US$ 1,3 milhão (R$ 6,9 milhões) por cada um de seus episódios vendidos pela Televisa, sendo que o custo de produção unitário desses nunca foi superior a US$ 50 mil (R$ 267,1 mil), em valores atualizados pela inflação. Sua audiência global até a suspensão de exibição por questões legais era de 91 milhões de telespectadores, agora todos eles mesmos “órfãos” do programa que foi e continua sendo o favorito de várias gerações. (Por Anderson Antunes)

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Especialista defende Meghan Markle após beijo no ar malsucedido na Paris Fashion Week

Especialista defende Meghan Markle após beijo no ar malsucedido na Paris Fashion Week

Durante a Paris Fashion Week, Meghan Markle protagonizou um momento constrangedor ao tentar trocar um “beijo no ar” com o designer Pier Paolo Piccioli, resultando em um leve choque de cabeças. A especialista em linguagem corporal Judi James defendeu a duquesa, afirmando que o erro partiu de Piccioli, que se aproximou demais e usava óculos escuros, dificultando a leitura dos sinais não verbais. Segundo James, Meghan reagiu com elegância e autocontrole, evitando contato excessivo. O episódio mostra como cada gesto da duquesa segue sendo amplamente analisado sob os holofotes da mídia internacional.

Instagram

Twitter