Publicidade
Elizabeth Holmes || Créditos: Reprodução
Elizabeth Holmes || Créditos: Reprodução

A encrencada Elizabeth Holmes finalmente tem um motivo para respirar aliviada, ainda que por apenas alguns meses. É que o julgamento da jovem empresária de 36 anos, que a princípio sentaria no bancos dos réus em outubro, agora só vai acontecer no começo do próximo ano nos Estados Unidos. Tido como um dos maiores dos últimos tempos no país, o dela precisou ser adiado por causa da pandemia de Covid-19 justamente por se tratar de um daqueles que provavelmente atrairão multidões de repórteres, tal como foi o de O.J. Simpson nos anos 1990.

Holmes é a fundadora da Theranos, uma empresa que basicamente vendia exames de sangue bem mais fáceis de serem feitos e em máquinas parecidas com as de refrigerante, o que teria sido revolucionário não fosse pelo fato de que os resultados desses testes mais tarde foram comprovados como totalmente enganosos. Descrita como “versão feminina de Steve Jobs” quando estava no auge, ela é acusada de fraude porque supostamente sabia da ineficiência dos serviços prestados pela Theranos.

A empresa chegou a ser avaliada em US$ 9 bilhões (R$ 46,9 bilhões), o que fez de Holmes – dona de 50% de seu capital – a bilionária self-made mais jovem dos EUA em 2015. Pouco mais de um ano depois, no entanto, a justiça americana começou a ficar em sua cola e os investidores a abandonaram em massa. No fim, a história da ex-bilionária acabou se tornando um notório “case de insucesso”, e um filme sobre sua vida cheia de altos e baixos já está em fase de pré-produção, sendo que a tarefa de interpretá-la na telona foi dada a Jennifer Lawrence. (Por Anderson Antunes)

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter