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Emilio Dantas na pele de Rubinho de “A Força do Querer”|| Créditos: Divulgação
Emilio Dantas na pele de Rubinho de “A Força do Querer”|| Créditos: Divulgação

Sucesso inquestionável como o ex-trabalhador agora um dos chefes do tráfico Rubinho de “A Força do Querer”, Emilio Dantas conversou com o Glamurama sobre a síndrome do “Breaking Bad”, que ele não “compra” de jeito nenhum, e até sobre os rumores de que teria tirado um personagem de Cauã Reymond por saber cantar – and rebolar! -, exigências para compor um cantor de axé decadente na próxima novela de João Emanuel Carneiro. Vem ler! (por Michelle Licory)

Glamurama: Por que a trama de Rubinho faz tanto sucesso?

Emilio Dantas: “A novela cumpriu o que tinha que cumprir, é bastante reflexiva e atual. A Gloria [Perez, autora] se preocupa em colocar assuntos da atualidade na novela, como os roubos de carga… Até o resgate do Rubinho da prisão foi baseado no resgate do Fat Family [bandido da vida real]. É triste estarmos vivendo tudo isso de verdade, mas é preciso entregar o que está podre… E Rubinho faz sucesso nas ruas, sim, porque brasileiro gosta de um malandro”.

Glamurama: Rubinho era “trabalhador”, “gente boa”, mas sua família estava passando necessidade. Dizem que o Nem, chefe do morro na Rocinha, também era, até o filho ficar muito doente… Você acredita nessa coisa “Breaking Bad”, como no seriado americano?

Emilio Dantas: “Não [e suspira]. Tanto quem parte para o tráfico, quanto estelionato, desvio de verba de merenda escolar… Todo bandido em algum momento tem uma proposta muito tentadora. E aí o que define é sua educação, criação e índole. Você se corromperia? Cada um sabe da sua cabeça. As pessoas podem até… Bom, tem muita vítima nessa historia, vítima social, de tudo que é lado, mas a ignorância não existe. A pessoa entrar nesse mundo sem saber o que vai acontecer não existe. ‘Breaking Bad’ é muito hollywoodiano. Aqui o buraco é mais embaixo. O Rubinho estava preso no capítulo que estava no ar, eu gravando na comunidade de Tavares Bastos as próximas cenas externas, passou uma senhora moradora e me disse: ‘Vai ganhar dinheiro honesto, vender cigarro, minuto de celular, como meu cunhado’. É a honestidade dentro da desonestidade. Esse é um problema que já tem milhões de camadas, por isso é tão difícil dar uma opinião direta. A resposta certa é que está tudo uma zona, não tem como julgar ninguém. Primeiro tem que julgar a galera que está no poder. É de lá que saem as regras. O problema maior está lá”.

Glamurama: A Gloria disse que não tem compromisso com o politicamente correto para definir o fim de Rubinho e Bibi [Juliana Paes]. Que desfecho você imagina para seu personagem?

Emilio Dantas: “O Rubinho tem que morrer, não dá para o mal prevalecer. A novela no Brasil não fica só no âmbito fictício e temos que manter essa reflexão, aproveitando que estamos com bons pontos no Ibope e que ja fomentamos essa discussão toda. Que isso permaneça o máximo que der na cabeça do telespectador para as pessoas se conscientizarem de todos os problemas e tomarem atitudes”.

Glamurama: A gente viu por aí uma notinha dizendo que Cauã Reymond tinha perdido o papel de cantor de axé decadente de Salvador na novela do João Emanuel Carneiro por ter sido reprovado em testes de canto e rebolado, e que você teria sido escolhido para entrar no lugar dele por saber muito bem as duas coisas… 

Emílio Dantas: “Não, cara. Quanta coisa a gente lê por aí, né? Não faço ideia se é verdade. Se eu encaro rebolar? Ah, se o João Emanuel me quiser, estamos aí, ‘vambora’! Antes de qualquer coisa, lanço dois filmes agora no Festival do Rio, ‘Motorrad’ [de terror], do Vicente Amorim, e ‘Berenice Procura’ [com Claudia Abreu e Eduardo Moscovis], do Allan Fiterman, que é um dos diretores da novela. E em novembro e dezembro a gente roda ‘O Paciente’, do Sergio Rezende, que fala dos últimos três dias de vida do Tancredo Neves, dentro do hospital. Mostra todo aquele problema que rolou na política. Eu faço o assessor do Tancredo, que é o leva e traz do que está acontecendo lá fora pra ele”.

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