Publicidade
O pastor Jasper Williams Jr., que discursou no funeral de Aretha Frankli || Créditos: Getty Images
O pastor Jasper Williams Jr., que discursou no funeral de Aretha Frankli || Créditos: Getty Images

O enterro de Aretha Franklin na última sexta-feira continua causando polêmica, e tudo por conta do pastor evangélico responsável pelo sermão na despedida da cantora, o reverendo Jasper Williams Jr. Chefe da Salem Baptist Church de Atlanta, ele passou 50 minutos fazendo comentários de cunho ideológico e, em alguns momentos, chegou a dizer absurdos como “uma casa sem um pai é como um aborto depois do parto” e “mulheres não podem criar meninos sozinhas”. Detalhe: a rainha do soul foi mãe solteira de quatro homens.

Williams Jr. foi ainda mais longe em sua eulogia e atacou diretamente o movimento negro #BlackLivesMatter, declarando que “as vidas de negros jamais terão importância a menos que eles parem de se matar”. A essa altura, até Stevie Wonder se manifestou – “Sim, as vidas de negros importam!”, gritou, indignado, o dono do hit “Isn’t She Lovely” em meio ao festival de asneiras.

Em um comunicado enviado para a agência “Reuters” na noite desta segunda-feira, familiares de Franklin afirmaram que o religioso se excedeu e foi até “ofensivo”. “Ele passou o tempo inteiro falando coisas sem sentido e sequer mencionou ela”, reclamou Vaughn Franklin, sobrinho da eterna estrela, na nota. “Fomos pegos de surpresa. Foi tudo de muito, mas muito mau gosto”.

Williams Jr. foi escolhido pelos Franklins para discursar na ocasião especial porque já tinha feito o mesmo em outros funerais da família, além de ter sido próximo do pai de Franklin, o também pastor e ativista dos direitos civis C.L. Franklin, morto há 34 anos. Ele já tinha causado na semana passada por causa de um “apertão” que deu em Ariana Grande, que se apresentou durante a cerimônia. Em vídeos que viralizaram nas redes sociais, é possível vê-lo segurando com força o corpo da popstar, e colocando a mão embaixo do seio direito dela. (Por Anderson Antunes)

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter