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John Galliano e o rabino Barry Marcus || Créditos: Getty Images
John Galliano e o rabino Barry Marcus || Créditos: Getty Images

Além do talento inquestionável, John Galliano é sempre lembrado pela polêmica história envolvendo comentários antissemitas, que causaram sua saída da direção da Dior em 2011. Mas parece que a ordem está voltando ao normal: segundo o “The Guardian”, o estilista encontrou o rabino Barry Marcus, da Central Synagogue, em Londres, em um evento organizado nessa quinta-feira como parte de um projeto educacional organizado pela sinagoga.

Ele subiu ao palco como convidado especial para um bate-papo com o rabino e no seu discurso admitiu: “Sou um alcoólatra. Sou um viciado. Isso não é uma forma de desculpa. Nós alcoólatras e viciados não somos responsáveis por nossa doença. Entretanto, somos completamente responsáveis pelo nosso tratamento e reabilitação”, acrescentou.

Galliano continuou dizendo que na época de seu “colapso”, ele não estava vivendo pois lutava com a pressão de ter que criar 32 coleções por ano para a Dior, e acrescentou: “Se não tivesse deixado a Dior naquela época, acho que estaria morto. Eu costumava culpar todo mundo pelo que aconteceu, mas agora não tenho ressentimentos. Passei quatro anos e quatro meses lutando contra isso até que finalmente consegui seguir em frente. Finalmente entendi o que aconteceu e qual foi minha parte em toda essa história.” Ao fim do discurso, Galliano foi aplaudido pelos convidados. Viva a paz!

Depois que teve o colapso em 2011, John Galliano passou a maior parte do tempo numa clínica de reabilitação no Arizona, Estados Unidos, e teve que pagar mais de 6 mil euros de fiança para a justiça da França pelas alegações de racismo e antissemitismo. Ele assumiu a direção criativa da Maison Martin Margiela no ano passado.

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