Publicidade
Gloria Perez
Gloria Perez || Créditos: Divulgação
Gloria Perez || Créditos: Divulgação

Por Michelle Licory

Gloria Perez não se abala com o fantasma da baixa audiência que vem assombrando os autores da faixa das nove da Globo, primeiro em “Babilônia”, de Gilberto Braga, e agora em “A Regra do Jogo”, de João Emanuel Carneiro, dois ícones do horário nobre da emissora. “Não sei se vejo crise de Ibope e de novela. Precisamos de  um novo tipo de medição que atinja todas as plataformas nas quais você pode assistir aos capítulos. Eu acompanho ‘Além do Tempo’, mas em outro horário, pelo computador”.

“O capítulo era descartável”

“Antigamente só tinha a TV. Passava naquela hora e pronto. A gente até brincava que o capítulo era descartável: se não viu, não vê nunca mais. Mas hoje não é assim. Sei que falam muito em crise, mas cada dia tem mais blog sobre novela, as pessoas conversam sobre os personagens… Todo mundo, para falar bem ou mal… O assunto é sempre a novela”.

“Não representam mais o todo”

“Não é que o Ibope caducou, mas é preciso que eles estendam a medição para outros meios. Não vou dizer que estão ultrapassados, mas não representam mais o todo, só uma parte. A gente sente na rua o resultado do nosso trabalho. Ninguém pode ficar escravo de Ibope, indo com a trama de um lado para o outro de acordo com o índice de audiência. Você não sente na rua quando as pessoas compraram uma história?”

* Em tempo: para quem ainda não sabe, “Sagrada Família”, de Maria Adelaide Amaral, seria a substituta de “A Regra do Jogo”, com uma trama política. Mas “Velho Chico”, história rural de Benedito Ruy Barbosa, autor de sucessos como “Rei do Gado” e “Renascer”, passou na frente na fila, em uma tentativa de, com um novelão típico, resgatar os espectadores perdidos ao longo dos últimos tempos.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter