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Julio Bittencourt passou um mês em uma ilha desativada no Japão || Crédito: Leo Marinho

O fotógrafo Julio Bittencourt inaugurou na Galeria da Gávea, na noite dessa quinta-feira, a mostra inédita “Kamado”, resultado de uma viagem de um mês por uma ilha desativada no Japão. Na mostra, é possível ver os objetos deixados ou a falta deles, histórias, memórias e cicatrizes que as pessoas e o próprio tempo imprimem.

“Neste trabalho, a necessidade era contar histórias sem as pessoas fisicamente presentes. O silêncio e a solidão sempre andam lado a lado com o ato de fotografar. Talvez eu tenha levado a solidão e o silêncio ao extremo neste projeto, mas com certeza não deixei de fotografar pessoas… elas só não estavam mais lá. Porém, suas histórias estavam e tentei encontrá-las através dos objetos ou a falta deles. O trabalho fala sobre a passagem do tempo, o que levamos conosco e o que deixamos para trás”, explica o fotógrafo.

A ilha em questão é a Gunkanjima ou Hashima, como também é chamada, e fica no sul do Japão. Hoje totalmente abandonada, ela foi comprada pela Mitsubishi em 1890 para a extração de carvão. A população da ilha alcançou seu ápice em 1959, com 5.259 habitantes. Com a substituição do carvão pelo petróleo no Japão durante a década de 1960, as minas de extração do mineral começaram a ser fechadas por todo o país. A Mitsubishi anunciou oficialmente o encerramento de suas atividades na ilha em 1974, e o local foi totalmente evacuado, passando a ser conhecido como “Ilha Fantasma”. O acesso à Hashima só foi restabelecido em 1999, mais de 20 anos após o fechamento.

Confira na galeria abaixo algumas das fotos que estão na exposição e também o registro da abertura.

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