Publicidade

Na sua trajetória ao longo do ano, o Sol forma dois pontos de Equinócio, que marcam o início da primavera e do outono e dois pontos de Solstício, que marcam o início do verão e do inverno. No dia 21 de dezembro passado, com a entrada do Sol em Capricórnio, tivemos o Solstício de Verão aqui no Hemisfério Sul e o Solstício de Inverno no Hemisfério Norte. No Norte, onde o inverno é mais rigoroso, o solstício representa o ponto de maior escuridão e frio, momento em que o Sol se encontra mais longe da Terra.

Esse momento marca também o início da fase luminosa do ciclo anual, pois é aqui que o Sol começa sua trajetória em direção à primavera. Na tradição chinesa, descrita no I Ching, o Livro das Mutações, o Solstício de Inverno é representado pelo hexagrama Retorno, ponto de transição sugerido pelo fato de que após as linhas obscuras yin expulsarem todas as linhas luminosas yang acima, outra linha luminosa surge novamente embaixo, anunciando que o tempo das trevas passou: o solstício de inverno traz a vitória da luz.

Na tradição hindu, da mesma forma, o solstício hibernal abre a devayana, a via dos deuses, enquanto o estival abre a pitriyana, a via dos ancestrais. É por esse motivo também que a tradição cristã escolheu esse momento como símbolo do nascimento de Jesus, já que é no terceiro ou quarto dia após o solstício de inverno no Hemisfério Norte que realmente se vê o disco solar renascendo no horizonte, como sinal de retorno da Luz, da Vida, da Energia, do Espírito, da Esperança. Ali, o movimento está em seus primórdios e deve-se fortalecê-lo através do repouso, para que não se dissipe prematuramente.

Por isso, desejamos a todos um bom descanso! Nesta semana não teremos previsões por signo. Mas na próxima, não perca as previsões para 2014. Feliz Natal!

(texto editado por Ciça Bueno do “I Ching, o Livro das Mutações”, Richard Wilhelm, Ed. Pensamento, 1993 e, do Dicionário de Símbolos, J.Chevalier e A. Gheerbrant, Ed. José Olympio, 5ª edição, 1991)

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter