Publicidade
Azzedine Alaïa || Créditos: Getty Image
Azzedine Alaïa || Créditos: Getty Image

O fim de semana começa com uma notícia triste no mundo da moda: morreu em Paris neste sábado, aos 77 anos, Azzedine Alaïa. O couturier nascido na Tunísia morava na capital francesa desde 1957, para onde se mudou em busca de trabalho. Logo depois de chegar lá, ele conseguiu um emprego na Christian Dior, mas foi demitido porque não tinha documentos de imigrante.

Alaïa, que no início da carreira sonhava em ser escultor, também passou temporadas na Guy Laroche e na Thierry Mugler antes de abrir seu próprio atelier, em meados dos anos 1970, e conquistar clientes como Greta Garbo e a socialite Marie-Hélène de Rothschild. Altamente reverenciado por suas roupas que moldavam o corpo em proporções extraordinárias, resultado da obsessão que tinha por perfeição, ele apresentou sua primeira coleção de prêt-à-porter em 1980.

Aposentado desde 1992, o estilista deu um tempo no descanso em 2011, quando lançou, para a surpresa de muitos, uma coleção de couture com um desfile realizado em sua boutique na Rue de Moussy e que contou como Naomi Campbell em uma rara aparição nas passarelas. Já em 2015  ele lançou seu primeiro perfume, batizado Alaïa Paris e criado por Marie Salamagne.

“Criar um perfume é confiar em uma mulher, roubar seus pensamentos de amanhã e fugir com ela antes que nunca mais olhe para trás…Criar um perfume é também saber que, naquele exato instante, as palavras que uso para contar o meu segredo já não me pertencem mais…”, ele disse na época sobre a fragrância, que demorou 30 anos para se tornar realidade. (Por Anderson Antunes)

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter