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PERSONAS

Na exposição “Fernando Pessoa, Plural como o Universo”, aberta nesta terça-feira, 24, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e que segue até o dia 30 de janeiro, o público poderá conhecer, ou reconhecer, algumas das personas do poeta português Fernando Pessoa (1888-1935), que se revelam nos versos assinados por seus heterônimos e por “Ele-mesmo”, e de observar a interação entres esses e outros vários personagens literários criados ao longo de sua vida.

Alberto Caeiro, o “poeta da natureza”; Ricardo Reis, médico e discípulo de Caeiro; Álvaro de Campos, um engenheiro de educação inglesa e origem portuguesa; Bernardo Soares, autor do “Livro do Desassossego”; e Pessoa, “Ele-mesmo”, considerado pelo próprio um “ortônimo”, em tom de ironia, vão conviver num mesmo espaço, onde também estarão expostos poemas de heterônimos menos conhecidos e de algumas de suas personalidades literárias, como o Barão de Teive, o prosador suicida.

O público ainda vai ver algumas relíquias, como, por exemplo, a primeira edição do livro “Mensagem”, com uma dedicatória escrita pelo poeta, sendo que algumas delas poderão ser folheadas virtualmente com a ajuda de um e-reader instalado em cima de uma grande mesa comunitária, onde estarão espalhados livros sobre a obra de Pessoa, em vários idiomas.

A exposição tem curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith e projeto cenográfico assinado por Helio Eichbauer. Detalhe: Essa será a primeira vez que o Museu da Língua Portuguesa vai abrigar uma exposição sobre um autor português. Já foram homenageados Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Machado de Assis.

A pluralidade de Fernando Pessoa está exposta no Museu da Língua Portuguesa

por Anna Lee

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