Publicidade

 

“Se eu soubesse que era tão bom fazer 70 anos, teria feito antes. É só festa, gente me paparicando, comemorações”, assim Nelson Motta começou nossa conversa, nessa quarta-feira na Livraria da Travessa de Ipanema, no Rio, onde comandava um lançamento duplo: do CD “Nelson 70”, uma coletânea das músicas assinadas por ele, interpretadas por vários artistas, e do livro “As Sete Vidas de Nelson Motta”, com suas memórias profissionais e histórias dos amigos que fez. “Esse livro e esse CD são minha olhada para trás, meu balanço, o que não gosto muito de fazer. Tenho horror de nostalgia. É a coisa que mais envelhece.”

* Perguntamos se ele tinha mudado muito ao longo das décadas. “Muito. Em algumas áreas, pra pior. No plano moral e intelectual melhorei bastante. No físico, nem tanto.” E como foi a escolha dos cantores para interpretar suas canções no álbum? “Cabeça e coração. Pensei em quem eram as pessoas mais adequadas para fazer uma nova versão e também em quem são as mais queridas.”

* Nelson comentou ainda programas como o “The Voice” e uma declaração que deu, dizendo que é impossível reproduzir hoje o que eram os festivais de antigamente. “Não daquele jeito que era. Já foi. O momento já passou. Hoje o YouTube é um festival permanente. As pessoas escolhem por ali. Quantos gêneros musicais existem hoje? Não dá pra comparar com um bom jazz, um bom blues, uma boa MPB. São estilos muito diferentes.” Sabe o que ele pediria de presente pra Deus? “Tim Maia de volta.” Na fase mais calminho? “Ah, ele era mais engraçado do que bravo.”

* Em tempo: todo mundo ficou esperando Maitê Proença, que estaria namorando o escritor, até o final do evento. Mas a atriz, que havia confirmado presença, não apareceu. Que pena! (por Michelle Licory)

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump, Hollywood e um déjà-vu que ninguém pediu

Trump tenta ressuscitar a franquia Rush Hour ao se aproximar de investidores e de Brett Ratner, num movimento que parece mais político do que cinematográfico. A proposta mistura nostalgia, estratégia cultural e a tentativa de reabilitar nomes controversos, mas enfrenta um mercado que não demonstra demanda real por um quarto filme. O episódio revela mais sobre a necessidade de Trump de reafirmar sua persona pública do que sobre qualquer impulso criativo em Hollywood.
Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise enfim leva seu Oscar…

Tom Cruise foi o grande nome do Governors Awards ao receber, após 45 anos de carreira, seu primeiro Oscar — um honorário. Em um discurso íntimo e preciso, ele relembrou a infância no cinema e reafirmou que fazer filmes “é quem ele é”. A entrega por Alejandro Iñárritu, seu novo parceiro em um projeto para 2026, reforçou o peso artístico do momento. Nos bastidores, o prêmio foi visto como aceno da Academia a um dos últimos astros capazes de mover massas ao cinema. Uma noite que selou não só um reconhecimento tardio, mas também a necessidade de Hollywood de se reconectar com sua própria grandeza.

Instagram

Twitter