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Regina Casé
Regina Casé fala sobre o que a conquistou na história de Amor de Mãe / Crédito: Rede Globo

A coletiva da próxima novela do horário das 21h, que aconteceu nesta terça-feira, no Rio, teve o tom da emoção. A partir de 25 de novembro “Amor de Mãe” promete envolver o espectador com a história de três mães que terão suas vidas entrelaçadas pelos destinos dos filhos, vividas por Regina Casé, Adriana Esteves e Taís Araújo.

A trama marca a volta de Regina aos folhetins após 18 anos sem fazer uma trama na íntegra – ela fez uma participação em “Cheias de Charme” em 2012 – como Lurdes, mãe batalhadora e nordestina que procura seu filho, vendido pelo pai ainda criança. “Olha, não poderia imaginar que seria tão bom: o cuidado, todo mundo querendo a mesma coisa, uma equipe tão amorosa, isso foi o melhor de voltar”, conta emocionada, após assistir o clipe da novela de Manuela Dias, dirigida por José Luiz Villamarim, ao lado do elenco que conta com nomes como Vladimir Brichta, Murilo Benício e Isis Valverde.

Perguntada sobre o momento mais difícil desde que começou a gravar, ela é certeira e aproveita para falar do amor incondicional da história. “Foi quando meu neto ficou doente e voltei feito doida. Conhecia o amor de mãe, mas o de avó é mais barra pesada”, diz, aos risos a mãe de Benedita,30, Roque, 6, e avó de Brás, de 2 anos. “Empresto para Lurdes essa mãe protetora que sou, é o maior defeito das duas”.

A atriz e apresentadora confessou que não tinha conferido seu trabalho até ali. “Nada, nem olhava no monitor. Porque senão começo a pensar, me choco mesmo e acho que essa personagem não pode ter momento racional, ela é só coração. É lindo ver como todos os atores neste trabalho estão se jogando, se despindo”.

Fazendo seu terceiro papel popular de destaque, já que acaba de ser premiada pelo longa “Três Verões” na Turquia, em que vive uma caseira, Regina se derrete pela atual personagem, que para ganhar a vida, trabalha como babá. “A Lurdes é uma mulher como tantas brasileiras, não apenas nordestina, mas do Brasil todo, que a vida delas é trabalhar, tentar dar dignidade para os filhos e lutar por eles”, defende. “Toda hora alguém me pergunta se me inspirei em alguém, mas sempre que me lembro de alguém especial procuro esquecer. Acho injusto escolher uma mulher só para ser a Lurdes, esse personagem tão rico, complexo. Ela está entre as 100, 1000 que conheci em tantos recônditos deste Brasil mais profundo, desde que comecei a viajar. Me escolhem para esses papeis não é à toa. Vão lembrar da Val (do filme “Que horas ela volta ?”) e não vou fugir dela. Mais um preconceito para fugirmos, por que todo rico é diferente e todo pobre igual?”.

E salienta a qualidade da obra: “O que me conquistou nesse trabalho, além do texto primoroso, da direção, da equipe, é acreditar que a ficção é uma maneira mais suave, pela emoção de conversar, de chegar nas pessoas, que estão arredias. Na dramaturgia, hoje acho que é mais fácil ser o que sempre fui: uma ponte entre diferenças. A novela é uma surra de emoção, não sei como vocês vão aguentar”. (por Brunna Contini)

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