Campanha de Montenegro desafia o mercado audiovisual e exige espaço digno para atores que construíram a teledramaturgia nacional
Com a elegância de quem vive e respira arte, o empresário Marcus Montenegro, fundador e CEO da agência Montenegro Talents, vem ganhando destaque no circuito artístico ao defender o retorno dos rostos clássicos da televisão ao centro dos holofotes. Embaixador da campanha “Eu quero veteranos na TV”, ele entende que, mais que nostalgia, esta é uma verdadeira revolução contra o etarismo na dramaturgia brasileira.
“O principal objetivo é lutar pelo fim do etarismo da televisão, da indústria do audiovisual…”, Marcus Montenegro.
Montenegro, cuja agência representa artistas icônicos como Nathalia Timberg, Irene Ravache, Leona Cavalli, Rosamaria Murtinho e Beth Goulart, entre outros, enfatiza que a ausência de personagens maduros com protagonismo significativo tornou-se visível após o fim dos bancos fixos de atores na TV Globo e a explosão das plataformas de streaming.
Segundo ele, essa “jovialização acelerada” nas escalas das novelas e séries foi um tiro no pé: “A perda de ibope tem muito a ver com a ausência do público em não ver mais as pessoas que cresceram e construíram a televisão brasileira.”
Mas há sinais de mudança – e glamour no ar. Montenegro aponta que “a volta dos veteranos… começou a acontecer realmente”, lembrando o exemplo da atriz Suely Franco, que recentemente brilhou numa trama das sete.
E o empresário não para por aí: além de cuidar de carreiras, ele se dedica à formação de novos talentos. Autor do best-seller Ser artista: Guia para uma carreira sólida no mundo da atuação, escrito ao lado do jornalista Arnaldo Bloch, Montenegro lançou o curso “Ser artista 360”, uma imersão inédita no Brasil que alia mercado, prática e mentoring personalizado. Esse laboratório de talento acontecerá no Teatro Fashion Mall – sim, com aquele toque sofisticado que faz o backstage virar palco.
Além disso, vem aí a segunda temporada do podcast “Ser artista”, com convidados de peso como Ana Beatriz Nogueira, Isabelle Drummond, Ana Paula Araújo e Carla Marins, e a centésima entrevista vai virar documentário. Quando se fala em legado, o glamour está garantido.
E, para coroar: Montenegro prepara quatro novos livros, entre eles sua biografia (com lançamento previsto para 2027) e um coffee-table book com ilustrações de 350 personagens que marcaram a história da dramaturgia brasileira. Ele já fez a pesquisa, já mapeou os ícones: estamos falando da festa dos veteranos, e de suas histórias, em grande estilo.
Quando cita nomes como Marília Pêra, Tônia Carrero, Mauro Mendonça e Francisco Cuoco, fica claro: Marcus Montenegro está menos para agente e mais para curador de épocas, ponte entre gerações, o retrato refinado de quem acredita que “a arte salva, cura, educa e resiste”. E nós, aqui da Glamurama, aplaudimos de pé.